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20 anos na fila da frente

Charlot ou Chaplin, sempre o maior

Nuno Reis, April 16, 2010

Como poderia falar do cinema a preto e branco sem falar do grande Charlies Chaplin? Hoje faria a bonita idade de 121 anos e esse é um magnífico pretexto para revisitar a filmografia do maior nome do cinema mudo. Por isso reservem uma hora para saborearem todos os excertos video.

A carreira dele começou no cinema mudo nos anos 10, atravessou a Grande Guerra, os Loucos Anos 20, a Grande Depressão, o cinema sonoro, nova guerra, o cinema a cores, e finalmente sucumbiu perante a caça às bruxas. Foram mais de quarenta anos de trabalho constante definindo o que era cinema.

Orfão desde muito jovem, teve no meio-irmão Sydney um enorme apoio. Juntos estudaram até em 1908 entrarem para a companhia de Fred Karno onde também actuava Stan Laurel (da dupla Laurel & Hardy). Daí passou para a Keystone Film Company onde após um primeiro filme muito criticado – “Making a Living” – quase perdeu o emprego. Para o segundo filme “Kid Auto Races at Venice” arriscou e foi com uma indumentária invulgar: Sapatos enormes, calças largas, casaco bem justo, um bigode ridículo, um chapéu de coco e uma bengala. Era apenas um vagabundo no meio da pista, mas a personagem que mais tarde amaremos com o nome de Charlot conquistou um lugar cimeiro no Cinema.


Uma pequena curiosidade, a personagem foi criada para o filme “Mabels Strange Predicament“, mas esse saiu apenas dois dias depois. Sim, na altura fazer uma curta-metragem era rápido.

Rapidamente a sua forma de trabalhar enlouqueceu os realizadores e herdou o cargo. Os anos passaram e após muitas mudanças de estúdio fundou a United Artists que ainda hoje existe.

Apesar de ter sido considerado inapto para o serviço militar devido à estatura, esforçou-se ao máximo para apoiar o exército, inclusivamente fazendo campanha para vender obrigações e financiar as tropas.

Em 1923 começou a trabalhar para a própria companhia com “A Woman of Paris: A Drama of Fate“. Em 1925 “The Gold Rush” (sobre prospecção de ouro) e em 1928 “The Circus” (com Charlot no circo) tornaram-se obras de referência. As longas-metragens já eram trabalhos mais refinados e, como realizador, era intransigente. Por vezes repetia uma cena dezenas de vezes até ficar satisfeito. Isso atrasava a produção e aumentava os custos, mas o tempo confirmaria que era um trabalho bem feito.


Como se isto tudo não fosse suficiente entrou numa fase em que tudo o que fazia era excelente: “City Lights“, “Modern Times” (o meu favorito), “The Great Dictator“, “Monsieur Verdoux” e “Limelight“.
No primeiro recusou-se a adoptar o som. Afirmava que sonorizar matava a liberdade imaginativa do espectador. Em “Modern Times” filmou com som como se de um filme mudo se tratasse. Tem música de fundo, os objectos emitem som e ele próprio canta no final, mas é mudo em essência pois todo o som é secundário. Teve de fazer assim pois o público já não queria assistir a filmes mudos. E aqui morreu o cinema silencioso.

O tema destes filmes é muito variado. No primeiro Charlot tem de ajudar uma jovem cega por quem se apaixona.

No segundo tem de trabalhar numa sociedade industrializada sem misericórdia para os vagabundos.


Em “The Great Dictator” satirizou o regime de Hitler interpretando o ditador Adenoid Hynkel e o barbeiro judeu que é confundido com ele.

Depois desta adaptação de “O Príncipe e o Pobre” passou para uma modernização do conto de Barba Azul em “Monsieur Verdoux“. A ideia original partiu de Orson Welles, um dos poucos de quem aceitou sugestões.

E finalmente chegou o cinema a cores. Para atacar o novo inimigo ia fazer o derradeiro filme a preto e branco. Aliou-se ao seu fã número um e o outro maior cineasta do género. Chaplin e Buster Keaton no mesmo filme é algo inédito pelo que este trabalho só deve ser visto quando se compreender a importância de cada um deles para o cinema. Isso significa que vos vão escorrer lágrimas pelo rosto quando souberem que podem ver ambos num só filme. De Keaton a obra fundamental e incontornável é “The General” que tem mais de 80 anos e ainda vejo como se fosse acabado de fazer. Se quiserem ver imediatamente “Limelight” pelo menos prometam que depois vêem alguns trabalhos de Keaton. Aqui os reis da comédia interpretam uma dupla macambúzia composta por um comediante falhado e um dançarino suicida.

Após a estreia deste filme foi proibido de regressar aos EUA sob acusação de ser comunista. Aproveitou para umas longas férias na Suíça e respondeu com “A King in New York” cinco anos depois. Um rei deposto emigra para os EUA onde se torna estrela televisiva e é acusado de ser comunista.

Finalmente em 1967, dez anos depois, dirige Marlon Brando, Sophia Loren e Tippi Hedren em “A Countess from Hong Kong” uma comédia romântica sobre uma princesa russa em mar alto.

Viria a falecer dez anos depois e o mundo do cinema nunca mais voltaria a andar nos eixos. Como não nos quereria ver tristes por causa dele recordemo-lo com um sorriso.

Cinema Memórias

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