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20 anos na fila da frente

“Jesus Camp” por Ricardo Clara

RC, November 4, 2007
São rosas, senhor.

O documentário está definitivamente a renascer, e aparece em grande força. Desde cedo que este formato cinematográfico de compromisso com a exploração da realidade se tornou, mormente com início nos anos 60, numa forma manipulada de mostrar uma kino-pravda, tentação a que se recorre com frequência nos tempos de hoje.

Os motivos são simples, para o desabrochar actual – uma necessidade de intervenção social forte, marcada por uma nova época de contestação e que oferece aos cineastas um modo singular de exporem os seus pontos de vista, umas vezes assumidamente tendenciosos, outros com uma crítica explícita, mas deixando o cinéfilo pesar a sua opinião na balança da decisão.

“Jesus Camp”, documentário choque de Heidi Ewing e Rachel Grady, e nomeado para Óscar da Academia para Melhor Documentário 2007 (e que havia de perder para “An Inconvenieth Truth“) não foge a essa premissa. Na base, uma discussão doutrinal (com ramificações práticas muito precisas nos EUA) que ganha vivacidade em terras norte-americanas, e que começa a ser tema na Europa – a querela criacionismo / evolução. Efectivamente, a tese comummente aceite é a da evolução da espécie, com Darwin no topo dos idealistas. Para outros, essencialmente fundamentalistas (sem carga pejorativa) cristãos, assentam as suas crenças na teoria da criação do mundo por uma entidade divina. É nesta premissa que este documentário se baseia, e mostra uma preocupante faixa de pessoas, a maioria delas cristãos renascidos, que votam a sua vida a uma cega base religiosa, em que pais, entre outros aspectos, irados pela educação que a escola pública daquele país oferece, decidem em ensinar os filhos em casa, optando por ensinar o creacionismo ao invés da evolução, e com uma forte componente religiosa.

Neste sentido, ganham importância as idas diárias à missa e, especialmente, a realização de “Campos de Jesus”, na esteira dos summer camps que tão bem conhecemos. Aqui, centenas de crianças são passam duas semanas onde são bombardeadas com cristianismo e religiosidade durante horas a fio, com cânticos e música, chegando muitas delas a entrar numa espécie de transe e acompanhadas de choro compulsivo, numa espécie de catarse de grupo. Assistimos aos depoimentos de várias pessoas ligadas a este campo, onde se destaca Becky Fischer, a qual chega a afirmar que pretende um futuro com um pequeno exército de cristãos, que lutam pelas suas convicções, muito ao estilo dos muçulmanos. Do outro lado, vemos e ouvimos Mike Papantonio, um radialista chocado com esta realidade, num contraponto de afirmações e verdades muito interessante.

É uma belíssima peça cinematográfica, na maneira simples em que mostra a realidade destas crianças, obrigadas a ter contacto com questões fracturantes da sociedade moderna logo desde tenra idade, e onde assistimos a um extremismo que não é habitual (nos tempos actuais) nesta confissão religiosa, e que combina uma montagem poderosa a uma banda sonora minimalista, unindo pontos de vista que vão da criança de dez anos de idade, habitante de um mundo infantil, até aos estranhos desígnios da administração governamental em exercício.

Título Original: “Jesus Camp” (EUA, 2006)
Realização: Heidi Ewing e Rachel Grady
Intérpretes: Becky Fischer e Mike Papantonio
Fotografia: Mira Chang e Jenna Rosher
Música: Force Theory
Género: Documentário
Duração: 87 min.
Sítio Oficial: http://www.jesuscampthemovie.com
Críticas 00's DocLisboa 2007

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