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20 anos na fila da frente

“Corrupção” por Ricardo Clara

RC, November 3, 2007
O buzz por detrás de um filme não é sempre um bom prenúncio para o que vai ser projectado na sala de cinema. Globalmente, um determinado realizador ou actor, uma temática ou uma era são atracções para falar de um filme e esperar por ele. Quando esse buzz surge por causa do cinema ser veículo para propaganda de ódios e facções, os seus objectivos não estão concretizados.

Analisar um filme como “Corrupção” é uma tarefa que se divide em duas vertentes: o filme de per se, e o seu redor.
Quanto à envolvência, os factos são conhecidos: Carolina Salgado, antiga companheira do presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, decidiu escrever um livro após separar-se deste. O livro (que confessamente não li, a não ser os excertos publicados nos jornais) aborda, entre outros temas, casos de suposta corrupção desportiva perpretada pelo dirigente em causa. Foi um sucesso de vendas, e o salto para o cinema era inevitável. A fazer fé nas declarações do intervenientes, a autora literária telefonou e encontrou-se com Leonor Pinhão, escitora e esposa do cineasta João Botelho, ambos ferverosos adeptos do Sport Lisboa e Benfica, tendo aquela usado alguns conhecimentos para ajudar a que o livro fosse editado. Meses depois, adaptou (livremente, como pomposamente o referem) o livro para um argumento cinematográfico, tendo o filme começado a ser rodado sob a produção Alexandre Valente, o qual encetou uma vasta campanha publicitária para rentabilizar o investimento. Jornalistas no set, entrevistas, ameaças de morte por anónimos, e clubites exarcebadas foram os condimentos da rodagem. Terminado o filme, a última bomba explode: o realizador João Botelho não assina a obra, por discordâncias quanto à actuação do produtor Alexandre Valente. Este, alegadamente, decidiu proceder à montagem e sonorização do filme, onde trocou uma banda sonora jazzy e clássica, por temas comerciais portugueses (entre os quais Pedro Abrunhosa).
Dois pontos sobre estas polémicas. O primeiro, na ingerência do produtor, a ser verdade, descabida e despropositada. Quando continuamos com um cinema nacional de uma pobreza avassaladora, justificar-se estas atitudes com o argumento de que nos EUA é um cenário frequente, é triste. Essencialmente porque, por cá, não temos produção de qualidade que sequer rivalize com a independente norte-americana, muito menos a dos grandes estúdios. Mesmo com o restante cinema europeu, a diferença é gigantesca. A obra é assinada por quem a realiza, e as suas opções e perspectivas são a base do seu cinema.
O segundo, quanto ao objectivo do filme – que parece ser, indubitavelmente, o de publicitar determinados comportamentos que foram praticados por pessoas ligadas a um clube, e através do olhar parcial de um realizador. Aqui, o objectivo do cinema está corrompido, porque usa-lo como veículo de propaganda é um comportamento desviante. Leni Riefenstahl fazia-o, foi condenada moralmente por tal, mas mesmo ela imprimiu conceitos belíssimos nas suas obras – e tal não acontece aqui.

O filme é, efectivamente, muito pobre. A montagem (um dos pomos da discórdia) é tenebrosa, e a espaços nota-se com facilidade que as imagens são colocadas à pressão, e por vezes sem nexo. As interpretações são igualmente fracas, apesar de Nicolau Breyner ter um bom papel, e Margarida Vila-Nova (na pele de Sofia) ser regular. O resto, é um desfilar de lugares comuns, mal sonorizado, por vezes mal iluminado e carregado de diálogos pobres. A justificação de “adaptação livre” é imbecil, especialmente porque os intervenientes do livro original estão todos lá, com Virgílio Castelo a ser uma fotocópia de Reinaldo Teles, e com insinuações grosseiras e cheias de mau gosto, como as do vício do jogo do Vice-Presidente, ou o Presidente pedir a Sofia que acenda um cigarro. Não nomear alguns personagens também não contribui em nada para a causa, sendo a fita marcada pelo “Sr. Presidente”, o “Vice-Presidente”, a “Alternadeira”, o “Fotógrafo” e a “Esposa do General”, sendo mais similar a um “Serrote” (nome dado aquelas pequenas paródias muito lusitanas, que os estudantes académicos finalistas realizam, a imitar professores, e projectado no final do ano lectivo) – fraco e amador. O Cinema sai muito mal tratado desta experiência.

Título Original: “Corrupção” (Portugal, 2007)
Realização: não creditado
Argumento: (adaptação do livro “Eu, Carolina) Carolina Salgado, adaptação não creditada
Intérpretes: Nicolau Breyner, Margarida Vila-Nova, Virgílio Castelo, Alexandra Lencastre.
Fotografia: Orlando Alegria
Música: não assinado
Género: Crime / Drama
Duração: 110 min.
Sítio Oficial: http://http://www.corrupcao.net

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