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20 anos na fila da frente

“Funny Games U.S.” por Nuno Reis

Nuno Reis, December 30, 2008

Anna: Why don’t you just kill us?
Peter: You shouldn’t forget the importance of entertainment.

Após uma larga carreira nacional especialmente em televisão e teatro, em 1997 Haneke entrou pela porta grande no panorama do cinema mundial com “Funny Games“. Imediatamente os planos longos e a violência se tornaram imagem de marca que a espacez entre trabalhos vai mantendo. Título incontornável do cinema recente europeu, “Funny Games” nas palavras do seu realizador foi uma crítica à sociedade e cultura americana, tão propensas à violência. Dez anos volvidos decidiu recriar a obra-prima em versão americana. Por um lado fez bem, se não fosse ele seria outro com menos talento. Mas não será isso admitir a impotência do cinema não falado em inglês no maior mercado do mundo?

Haneke traz-nos o drama de uma família confrontada com visitantes peculiares. Os dois jovens que os visitam atrás de uma educação extrema escondem personalidades de psicopatas. Subjugados pelos seus captores acabam presos num jogo mental onde as principais regras do cinema são repensadas. Um filme verdadeiramente único…. se não fosse clone do anterior.
Como é muito bem dito por Paul na citação acima transcrita, o entretenimento favorito da sociedade actual é uma morte demorada e tortuosa. Só a vítima poderia preferir a forma fácil de morrer. Paul e Peter, a estranha dupla delinquente, seguem apenas as suas próprias regras, impõem as suas regras ao universo e brincam com tudo. O criminoso comanda não só os reféns, mas até quem se sente protegido no conforto da sala de cinema. Para esses estão reservadas uma espectacular cena de leitura de mentes e uma distorção temporal.

Para este remake Haneke apresentou a planta da casa original de forma a ter uma igual. Os diálogos foram traduzidos literalmente e noventa e nove por cento dos planos são idênticos aos que filmou há dez anos. É uma enorme arrogância dizer que o que filmou há dez anos não precisa de melhoramentos. Ou não se arrependeu de nada do que fez, ou não aprendeu nada novo. O mínimo que se pedia por respeito aos espectadores – o público pretendido para este filme eram os americanos, na realidade quem o viu foram alguns adolescentes e as mesmas pessoas de todo o mundo que já tinham visto o primeiro – era que repensasse a montagem.
Ao não inovar escapa a críticas. Algo que desagrade pode sempre dizer que foi para ser fiel ao original. O mesmo se aplica aos actores. Estão todos fenomenais e Michael Pitt tem o maior desempenho da sua carreira, mas não é algo pessoal. O que fizeram foi copiar uma interpretação brilhante de outrém.

A palavra remake aqui já não faz sentido. Isto é um clone. Se todos os anos fosse feito um clone do melhor filme de sempre, seria ele o melhor do ano? O filme mais visto de sempre pintado de fresco seria o mais visto do ano durante dois anos?
Continua a ser um grande filme, mas gastar dinheiro com uma equipa e cenários quando o resultado final não faz mais do que uma dobragem é loucura e falta de respeito pela equipa original.

Título Original: “Funny Games U.S.” (Alemanha, Áustria, EUA, França, Itália, Reino Unido, 2007)
Realização: Michael Haneke
Argumento: Michael Haneke
Intérpretes: Tim Roth, Naomi Watts, Michael Pitt, Brady Corbet
Fotografia: Darius Khondji
Género: Crime,Drama,Thriller
Duração: 111 min.
Sítio Oficial: http://www.funnygames-themovie.com/
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