História do Cinema – Hollywood e as estrelas Nuno Reis, July 4, 2011 Guerra e Paz O Cinema tornou-se uma proveitosa fonte de rendimento para muita gente. Excepto no modelo de negócio vertical da Pathé que produzia, distribuia e projectava monopolizando os lucros, começou a haver uma sede pelo dinheiro gerado ao longo da cadeia. Nos Estados Unidos, quase exclusivamente focado no mercado interno, ocorreu uma violenta luta pelo poder. O aparecimento dos Nickeodeons – salas onde se pagava um níquel para ver quinze minutos de filmes – com imensa publicidade nos jornais generalizou as idas ao cinema como fenómeno de massas. Era barato, divertido e dos poucos espectáculos onde os lugares sentados eram para todos. Como as pessoas iam muito ao cinema os filmes tinham uma permanência mais breve, de dias, e em vez de serem vendidos para exibição constante começaram a ser alugados e a fazer um circuito alargado. As patentes americanas de câmaras pertenciam a Thomas Edison ou à Biograph, detentores de todos os modelos disponíveis. A sede de monopólio de Edison levou-o a impor aos produtores que não usassem nenhum câmara além das dele ou seriam processados por violação de patente. Isso fez com que as companhias pequenas de material fechassem e a produção nacional fosse reduzida. Quem ganhou com isso foram os europeus (franceses e ingleses) que exportavam os filmes para um enorme mercado. Quando os titãs americanos (American Pathé incluida) acalmaram e se uniram a Edison na Motion Pictures Patents Company (MPPC) a indústria começou a florescer em torno de New Jersey. Mais tarde a Biograph conseguiu entrar para o grupo.As diferenças de funcionamento com a MPCC foram enormes:Acabou a venda sendo o aluguer a única forma de ter direitos de projecção sobre um filme. Acabando o período contratado voltava à origem que validava se estava em condições de ser novamente exibido. Com isso as projecções tiveram uma enorme melhoria qualitativa.O aluguer era feito por um valor padrão, não distinguindo grandes de pequenos e a qualidade tornava-se o factor distintivo.Como todo o material pertencia à MPCC – película Kodak, máquinas e projectores dos outros – e acordaram entre si apenas trabalharem entre eles, criaram um bloco indestrutível desde a filmagem até à projecção.Houve ainda uma campanha contra as longas-metragens, formato menos rentável. Os estúdios revoltados contra o oligopólio fugiram para a ponta oposta do país, na solarenga Los Angeles. Um local chamado Hollywoodland começou a concentrar todos os estúdios independentes que depressa controlavam metade da produção exibida. Quando a Kodak começou a fornecer ambos foi o início do fim do sonho de Edison. A Star Is Born Devem estar a pensar que chega de falar de realizadores, de patentes e de estúdios. Onde estão os actores? Pois foi precisamente aí que tudo começou. Na altura os actores tinham medo de dar o nome num filme porque poderiam ficar mal vistos no teatro. Aém disso as curtas feitas era quase descartáveis e nenhum produtor queria pagar fortunas a estrelas conhecidas, era preferível que permanecessem anónimas. Uma jovem de nome Florence Lawrence trabalhou para Edison, Vitagraph e Biograph, tudo companhias do MPCC. Curiosidade: foi a primeira Julieta em cinema. Quando em 1909 saiu para procurar emprego numa outra companhia, foi ostracizada por se juntar aos independentes. Carl Laemmle, um produtor que tinha tudo a sua quota parte de problemas com o Motion Pictures Trust – gangsters sabotavam-lhe o equipamento e atacavam as equipas – anunciou a morte de Miss Lawrence atropelada por um eléctrico. A imprensa seguiu o escândalo e quando Laemmle veio a público dizer que a “Biograph Girl” seria a estrela no seu próximo filme, todos sabiam quem ela era. Tinha o mundo a seus pés. Em Março de 1910 Lawrence fez a primeira aparição pública para apresentação de um filme e começou a ter um custo superior. Depressa os outros estúdios foram atrás, divulgando os seus actores mais vendáveis e utilizando o seu nome em publicidade.Pouco depois apareceram os fãs: História do Cinema Especial Antestreia
Nasce Uma Estrela: 5* Uma lufada de ar fresco, história tocante e argumento bem conseguido é o que este filme nos oferece.Análise ao de 1976Cumprimentos, Frederico Daniel.PS, ansioso para ver o de 2018. Reply