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20 anos na fila da frente

Memorial de Saramago

Nuno Reis, June 19, 2010
Na morte de José Saramago é normal que se reflicta sobre a forma como o cinema foi até agora capaz de transpor o seu universo literário para imagens cinematográficas. COmvenhamos que o resultado é ainda muito pouco animador dado que apenas existem quatro adaptações: duas de romances e duas de novelas. Talvez que Saramago tenha sido sempre muito renitente a permitir que outros adaptassem ao cinema a sua obra, até porque ele sabia bem que qualquer adaptação é sempre uma traição. Numa visão panorâmica das quatro adaptações é natural que a de Fernando Meirelles tenha sido a mais referida e celebrada. Mas convém não esquecermos a especificidade da adaptação de George Sluizer de “Jangada de Pedra” – premiado no Fantas por “The Vanishing” – “Embargo” de António Ferreira (vencedor de uma menção especial do júri do Fantas 2010) e “A Flor Máis Grande do Mundo” de Juan Pablo Etcheverry.

O risco maior reside agora em haver adaptações oportunistas da imensa obra legada por Saramago tanto no domínio do romance como das pequenas histórias, sem que para isso haja a capacidade de controlar o produto final como até agora tinha sido uma exigência do próprio Saramago. Se é verdade que a obra de Fernando Meirelles é aquela que do ponto de vista ficcional melhor concretizou a relação com um vasto público e beneficiou do nome do realizador e da promoção que o próprio Saramago aceitou fazer do filme até porque se reviu no resultado final, não é menos verdade que todos os quatro filmes são merecedores, cada um na sua dimensão e nos seus objectivos, homenagens adequadas ao génio da literatura.

Talvez não seja por acaso que “Memorial do Convento”, ainda que adaptado a obra não tenha sido adaptado a cinema, o universo narrativo e imaginário de Saramago é demasiado opulento e deslumbrante para permitir adaptações frágeis. Os efeitos especiais poderão ser uma saída interessante para esta e outras obras. Desde que a adaptação perceba que a literatura de Saramago não é passível de transcrições literais, mas também não é aceitável que se traia a dimensão transgressora, provocadora e única que o fizeram Nobel.

Um ciclo que inclua todas estas obras e que permita uma discussão aberta e culta sobre as relações da literatura e do cinema será talvez a melhor homenagem que podemos fazer a José Saramago no ano da sua morte.

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Comment

  1. Bruno Cunha says:
    June 20, 2010 at 10:23 pm

    Concordo absolutamente com o último parágrafo.

    Abraço
    Cinema as my World

    Reply

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