A Perfect Getaway

Sometimes it seems like… like nothing exists until we get there, until we put our eyes on it. Like the whole fucking world was manufactured for our wants and needs, ya know?

Quando vemos na lista de estreias para Novembro e Dezembro filmes de 2009, parece que as distribuidoras aproveitaram para despejar os filmes atrasados. Se por um lado ficamos chocados com as prioridades deles (mas não surpreendidos), por outro podemos publicar as críticas com um mês de antecedência.

De forma simplista “A Perfect Getaway” é um filme de adolescentes com adultos. A história clássica de “um grupo de jovens numa ilha paradisíaca perseguidos por um serial killer” amadureceu e agora é “alguns casais numa ilha paradisíaca são perseguidos por um casal de serial killers”. E claro, não há cobertura de telemóvel. Cliff e Cydney são o casal que acompanhamos de início. Pelo caminho vão-se cruzando com grupos de raparigas, casais, e todos se olham desconfiadamente como se estivessem perante os assassinos. Até que conhecem Nick que parecia ser a companhia ideal, só que Nick está com a namorada e podem muito bem ser o tal casal… Num eterno dilema entre estarem os dois sós ou sozinhos com os assassinos, vão explorando uma ilha repleta de maravilhas naturais.

David Twohy como realizador já nos surpreendeu com o outsider tornado blockbuster “Pitch Black“/”The Chronicles of Riddick” e como argumentista ainda soma “The Fugitive” e “Waterworld” aos seus créditos (ignorando os mais fracos). Verdade seja dita que Twohy tentou inovar. Segue pelo caminho do thriller e suspense antes de enveredar pelo inevitável banho de sangue. Só que qualquer caminho que tomasse seria previsível ao fim de uma hora de meras paisagens. Um interessante recurso ao flashback revitaliza o filme antes de o atirar na monotonia do género.

Saiu melhor do que as expectativas com base na ideia-base, pior do que as expectativas baseadas no elenco de respeito. A moral é “Hawai nunca mais” o que não agradará ao turismo do arquipélago.