Basmati Blues Nestas semanas de início de ano, quando as salas de cinema são inundadas de filmes vencedores e candidatos a imensos prémios, nada como fugir às escolhas óbvias e ir assistir a um dos títulos que passam despercebidos no meio de tantos nomes sonantes. “Basmati Blues” tem como única arma o nome de Brie Larson e, se isso noutros tempos nada significaria para o espectador comum, depois do Oscar de há dois anos já é algo. Tanto que o filme esteve na prateleira desde 2012 e só agora o decidiram lançar, sofrendo de alguma controvérsia desnecessária. Ainda que todos se recordem de “Skull Island” e já tenham saído algumas fotos da actriz como Captain Marvel, ainda é pelos imensos filmes independentes que Larson é adorada pelos fãs. “Basmati Blues” tem sido acusado do white saviour complex por a personagem ir para a Índia rural e os ensinar a plantar arroz. Na verdade é mais simples descrever o filme como uma comédia típica indiana suavizada para o gosto ocidental. Tem música, tem dança, tem romance, tem intriga e tem traição, mas não tem três horas. Se virem o trailer ficam com uma ideia simplificada do filme pois, como é habitual, conta tudo em apenas três minutos, mas ver o filme é uma experiência. A boa disposição de Larson, as personagens esterotipadas, as músicas despropositadas que irradiam boa disposição até ao final dos créditos… Não é um filme para se levar a sério. Não pretende ganhar prémios (e pelos vistos nem ambicionava recuperar o dinheiro que custou), mas trata alguns temas importantes. Os organismos geneticamente modificados que tornam os agricultores dependentes de contratos inacreditáveis. As pessoas que não se importam de esmagar todos à sua volta pelo lucro pessoal. Tirando isso, é um filme sobre uma rapariga que recebe de surpresa grandes responsabilidades que não eram suas, é mandada a correr para um destino paradisíaco e tem de abraçar uma nova cultura. A Índia é apresentada como o estereótipo “um país gigante, com muitas terras de cultivo e gente boa”, mas é dada informação sobre o progresso, as dificuldades económicas de quem quer estudar e como funcionam as cunhas. Pode ser um país como todos os outros. Tem gente boa e gente má como todos os outros países e, a haver estereótipos, é o CEO/vilão de Donald Sutherland. De forma sumária, é um filme que surge desenquadrado das estreias do momento, que não tenta passar nenhuma mensagem óbvia ou subliminar sobre culturas, apenas quer entreter como qualquer romance pipoca. As músicas são apelativas e dá para passar uns bons momentos. Quem procurar cinema indiano vai ficar desiludido. Quem se apaixona por Brie Larson a cada filme vai voltar a fazê-lo. É um estranho cruzamento, mas nada é mais estranho do que Scott Pakula no final do filme. Basmati Blues Journey to a place with a rhythm all its own 20171 h 46 min Click an icon to see more Overview Linda Watt, uma cientista brilhante mas protegida, é retirada do laboratório da sua empresa e enviada para a Índia pelo seu CEO para vender o "Arroz 9", um arroz geneticamente modificado que ela própria criou. No entanto, sem o seu conhecimento, o arroz irá destruir os agricultores indianos que ela pensa estar a ajudar. Metadata — Director Dan Baron Writer — Runtime 1 h 46 min Release Date 6 November 2017 IMDb Id tt1131728 Details Movie Media — Movie Status — Movie Rating Bad Images No images were imported for this movie. Actors Starring: Brie Larson, Utkarsh Ambudkar, Donald Sutherland, Scott Bakula, Tyne Daly, Lakshmi Manchu, Andrea, Saahil Sehgal, Bugs Bhargava, Dalip Tahil, Suhasini Mulay, Kaizaad Kotwal, Karim Hajee, Uday Lallan, Nirmala Menon, Sujith Narayan, Mona Sishodia Filmes Filmes 2017 Nuno Reis