Marty (1955) Ao inscrever o nosso filme num festival conceituado a dúvida é “será que me aceitam?”. Num novo festival é “será que quero ser seleccionado?”. Muita gente tem receio de enviar o filme para o desconhecido. Claro que anos depois, quando o festival cresceu e ganhou prestígio, o orgulho de ter estado lá desde o início compensa tudo isso. O primeiro vencedor de Cannes foi “Union Pacific” de Cecil B. DeMille. Depois vieram os anos da guerra e o ano de premiar todos os que ficaram pelo caminho. O festival demorou um pouco a retomar a normalidade. Foi em 1955 que apareceu aquele galardão conhecido como Palme d’Or. O seu primeiro vencedor foi Delbert Mann com “Marty“, o primeiro dos apenas três realizadores que conseguiram vencer a palma dourada e o Oscar de Realizador com o mesmo filme (os outros foram Wilder e Polanski). Presidente do DGA entre 1967 e 1971, teve em “Marty” – adaptação de um trabalho do próprio para televisão – o ponto alto da carreira. Marty é um talhante que encontramos a ser massacrado pelas clientes. Todas lhe perguntam quando se casa porque já tem trinta e quatro anos e os cinco irmãos e irmãs mais novos já estão arrumados. Marty não o admite lá, mas confessa mais tarde a um amigo que desistiu de procurar. Está farto de levar tampas, de ser rejeitado, de se deixar levar em sonhos de uma vida a dois. Esta noite de sábado e todas as próximas vão ser para passar em casa, bem descansado. Claro que não é só isso que o incomoda. Está num ponto de viragem também profissionalmente e tem decisões importantes para tomar. O bom senso diz que é melhor estar concentrado nisso, mas o destino, como sempre, não nos apresenta só uma oportunidade de cada vez. A tia dele, por tanto arreliar a nora, vai despoletar uma série de acontecimentos que vão causar uma reviravolta na vida de Marty. Mais do que a história de uma vida em particular, é a história de uma vida que pode ser de qualquer um de nós. Solteiro e bom rapaz, um pouco desajeitado com as mulheres, todos dizem que tem de arranjar uma, mas inconscientemente estão a impedi-lo de ter sucesso nessa busca. Só com uma enorme força de vontade, auto-confiança e sorte conseguirá alguém. “Marty” é sobre descobrirmos quem somos e distinguir aquilo que os outros nos dizem de conselhos. A grande interpretação de Ernest Borgnine dá vida a Marty, uma daquelas personagens mesmo autênticas e adoráveis que o cinema ocasionalmente nos traz. Ganhar a Palma e o Oscar não fizeram muito por “”Marty” que tem sido esquecido ao longo dos anos, ao contrário de outros que mesmo sem os prémios persistem na memória colectiva. Este é um filme muito simpático e intimista que se deve ver por muito dificil que seja encontrar. Se aparecer em algum ciclo, é para aproveitar! Marty It's the love story of an unsung hero! 19551 h 30 min Click an icon to see more Overview Marty, um talhante que vive no Bronx com a sua mãe, está solteiro aos 34 anos. De bom coração, mas socialmente desajeitado, ele enfrenta constantes provocações da família e amigos para se casar, mas resignou-se relutantemente ao celibato. Marty conhece Clara, uma professora pouco atraente, e percebendo a sua ligação emocional, promete ligar, mas a família e os amigos tentam convencê-lo a não o fazer. Metadata — Director Delbert Mann Writer — Runtime 1 h 30 min Release Date 11 April 1955 IMDb Id tt0048356 Details Movie Media — Movie Status — Movie Rating Excellent Images No images were imported for this movie. Actors Starring: Ernest Borgnine, Betsy Blair, Esther Minciotti, Augusta Ciolli, Joe Mantell, Karen Steele, Jerry Paris, James Bell, John Beradino, Charles Cane, Paddy Chayefsky, John Dennis, Walter Kelley, Doris Kemper, John Milford, Silvio Minciotti, Robin Morse, Kathleen Mulqueen, George Nardelli, Jerry Orbach, Edwin Rochelle, Glenn Strange, Frank Sutton, Hal Taggart, Minerva Urecal, Waclaw Rekwart, Arthur Tovey, Alan Wells Filmes Filmes 1950's Nuno Reis