“Dorian Gray” por Nuno Reis Nuno Reis, May 2, 2010 Autor de teatro, poesia, novelas e contos infantis, Oscar Wilde ironicamente ficou célebre à custa do seu único romance. Além de ser a única obra do autor desse género, é uma obra única a nível mundial. Mesmo quem não a leu sabe do que trata “The Picture of Dorian Gray”. Dorian Gray é um jovem que está a entrar na sociedade. O contacto fundamental resume-se a duas amizades, o pintor Basil Hallward e Lorde Henry Wotton. Enquanto Wotton o deseduca sobre quais as prioridades na vida – beleza, juventude, luxúria – Basil faz-lhe o retrato. Nessa pintura está retratada a verdadeira beleza, de forma como nunca alguém pintou. Dorian começa a levar a vida com que Wottom sempre sonhou e o cansaço, as noites sem dormir não ficam visíveis no rosto. Mas, o que se passa com a pintura? Dorian aparenta a mesma juventude desde o dia da pintura, mas o retrato não. Aqui a imortalidade dada pela tela não é uma metáfora. Protegido da morte, quem o poderá impdir de levar uma vida de sonho? Pegar numa história clássica é complicado. As adaptações são variadas o que torna a necessidade reduzida e as expectativas altas. Notou-se algum esforço no casting, Ben Barnes (o príncipe Caspian) como Dorian Gray, Colin Firth como o nobre, e Ben Chaplin como o pintor. Entre as mulheres na vida de Dorian temos Rebecca Hall (a Vicky que foi a Barcelona) como Emily e como Sybil a jovem Rachel Hurd-Wood (a miúda de “Solomon Kane“ e “An American Haunting“). A recriação de época é banal, a realização mínima e a história apesar de ter traços gerais comuns com o livro é tão pouco ousada que não cativa. O único elemento bom e constante no filme é Firth que realmente tem um talento ímpar para a arte da interpretação. Tudo o resto fica perdido num mundo confuso de sexo, vaidade, culpa, resumidamente, falta de valores. É um conto gótico que serve de metáfora para o culto da juventude e beleza ainda tão em voga nos nossos tempos. E é daqueles casos em que o cinema nada dá a ganhar ao livro. Há cem anos que são feitas adaptações, não precisamos de mais do mesmo. A ser feito que traga algo novo, não vale a pena apenas reescrever, caso contrário será sempre comparado por baixo com os antecessores. Título Original: “Dorian Gray” (Reino Unido, 2009)Realização: Oliver ParkerArgumento: Toby Finlay (baseado em Oscar Wilde)Intérpretes: Ben Barnes, Colin Firth, Ben Chaplin, Rebecca HallFotografia: Roger PrattMúsica: Charlie MoleGénero: Drama, ThrillerDuração: 112 min.Sítio Oficial: http://doriangraymovie.co.uk/ Nuno Reis Sitges 2009 Filmes 2010
Não gostei nada. E detestei as alterações que na minha opinião desvirtuam a ideia do livro, o Dorian Gray não precisa de justificações ou desculpas para ser como é. Reply
Finalmente, pessoas que concordam comigo!Até é vergonha dizer que é adaptação da obra de Wilde… AbraçoCinema as my World Reply