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20 anos na fila da frente

“The Treasure of Sierra Madre” por Nuno Reis

Nuno Reis, May 12, 2011
Badges? We ain’t got no badges. We don’t need no badges. I don’t have to show you any stinking badges. (Estou a usar esta frase todos os dias)

É na Natureza que se descobre o verdadeiro valor da Humanidade. Numa época eram os caminhantes que atravessavam terras por conta de salteadores. Depois o mérito passou para os descobridores que partiam de barco por mares nunca dantes navegados. Sucederam-lhes os exploradores da selva que cartografaram continentes desconhecidos, e finalmente os cowboys, cavaleiros solitários da pradaria que protegiam os animais numa viagem repleta de perigos de forma humana, animal e natural. Entre esses e os heróis que percorrem o espaço há um outro grupo que injustamente é raro fazer parte do imaginário cinematográfico. Os garimpeiros que enfrentavam o desconhecido, os animais e os homens, munidos apenas de ferramentas de prospecção, uma arma e o sonho de encontrar uma fortuna.

Em “The Treasure of Sierra Madre” o foco está nessa brava categoria. Dobbs é um americano que vagabundeia no México e sobrevive à custa de esmolas dadas por compatriotas. Não é que ele não goste de trabalhar, simplesmente prefere evitar o esforço enquanto o dinheiro chega. Quando se acaba a sorte, recorre a um trabalho onde vai conhecer Curtin. Mais tarde cruzam-se numa pensão rasca com Howard, um velho garimpeiro que lhes põe o bichinho da prospecção. Os três partem em busca do ouro nas montanhas e os dois jovens rumam para a maior aventura das suas vidas.
Para clarificar o que é “O Tesouro de Sierra Madre”, esqueçam os mapas e os piratas. Não há nenhuma caça a tesouros enterrados. É verdade que procuram a fortuna e que vão ter de escavar a montanha para o conseguir, mas aqui não há moedas e jóias. Há apenas o pó de ouro puro, extraído das próprias rochas que o geraram. A quantidade conseguida é uma combinação de sorte e de esforço. Milhares partem todos os anos para diferentes partes do globo em busca da fortuna. Podem fazer centenas de milhares de dólares, podem apenas conseguir uma lição de vida, ou podem não voltar. Essa é a magia da caça ao ouro. Esse é o motivo porque vale tanto.

Este filme não vai explicar o processo de extracção de ouro e os conselhos que dá sobre o que fazer para o procurar são de senso comum (hoje em dia não servirão de muito). O argumento é fiel a um estilo que tem lugar de destaque na literatura e quem for amante deste subgénero do western reconhecerá atitudes e situações. Acompanha três homens com diferentes passados ao longo de um ano em que se deparam com bandidos, compatriotas e índios. O seu foco é a relação dos indivíduos, o que a solidão lhes faz, o que a fortuna lhes faz. Até que ponto uma amizade sobrevive à suspeita e o valor que uma vida tem. É um fabuloso retrato do homem como ser imperativamente social, mas que não consegue viver com os outros.

É um filme a preto e branco, mas a mera ideia do ouro dá cor a tudo. Até o chapéu de que todos falam é dourado! A escala cinza mais facilmente seria aplicada às personagens, nem inteiramente boas (brancas) nem inteiramente más (negras), uma constante dúvida para o espectador. Passando a surpresa da primeira vez, os visionamentos posteriores servirão para apreciar em detalhe a relação das personagens e as suas transformações. Quão melhor se conhecer estes homens, mais efeito terá o filme. Ao contrário de um vinho que melhora com a idade por ficar em repouso, “The Treasure of Sierra Madre” tem de ser visto várias vezes simplesmente porque melhora a cada vez que se vê.

The Treasure of the Sierra Madre Título Original: “The Treasure of the Sierra Madre” (EUA, 1948)
Realização: John Huston
Argumento: John Huston (B. Traven)
Intérpretes: Humphrey Bogart, Walter, Huston, Tim Holt, Bruce Bennett
Música: Max Steiner
Fotografia: Ted D. McCord
Género: Acção, Aventura, Drama, Western
Duração: 126 min.
Nuno Reis Críticas 40's

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