Luc Besson em tempos foi dos mais conceituados realizadores europeus e um dos poucos que se mantiveram pelo velho continente. Depois de clássicos como “Le Dernier Combat”, “Nikita” e “Leon” pegou Bruce Willis e na sua musa Jovovich e fez “The Fifth Element”, um filme adorado pelo público e apreciado pelo crítica. Lançou-se na produção e lentamente foi dominando o programa MEDIA de fundos para produção europeia, importando o estilo americano para os seus filmes – por exemplo, “Taxi”, “Yamakazi”, “Wazabi” e “Michel Vaillant” (tendo sempre a velocidade como elemento fundamental) – conseguindo por isso exportar os seus filmes para a América.
“Transporter 2” é o mais recente dos produtos Besson para o mercado americano. O primeiro filme, recentemente transmitido na televisão portuguesa, narra as aventuras de Frank, um correio profissional que segue regras rígidas. Quando tem o azar de não as cumprir e abrir o pacote que transportava, vê-se envolvido numa complicada intriga com emigração ilegal e escravatura. Neste segundo filme Frank tem como missão transportar Jack, o filho do responsável pelo programa americano de combate à droga. O cartel colombiano planeia um ataque aos homens fortes da política anti-droga através de Jack, e Frank, por ter descoberto o plano, assume a responsabilidade de o salvar.
Tal como no filme anterior, as acrobacias são bastante sofisticadas, a violência é gratuita e as armas são poderosas. A estrela neste segundo episódio é, desde o primeiro segundo, o Audi blindado que Frank conduz. O veículo é realmente belo, mas aqui é utilizado de uma forma muito diferente daquela para que foi feito. A condução de Frank é irrepreensível e as manobras de carro são tão boas e irreais como os combates sem armas em que o condutor se envolve.
A vilã da história é demasiado psicótica mas de resto o filme não é totalmente mau. O argumento foi reduzido ao máximo, é bastante directo e dirigido para a acção (por acção entenda-se tiros, explosões, destruição e muitos combates corpo a corpo). Jason Statham continua a parecer a escolha ideal para o papel e a recuperação da personagem Tarconi não foi forçada como eu esperava, integra-se e diferencia-se desde que se apresenta aos polícias. Nesse instante quem viu o primeiro é capaz de se rir mais um bocado.