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20 anos na fila da frente

RC, July 10, 2005

“War of the Worlds” por Ricardo Clara

Marcianos, pátria e família

“Good heavens, something’s wriggling out of the shadow like a gray snake”. Com esta famosa frase, o dia 30 de Outubro de 1938 ficou famoso quando Orson Welles, um actor e realizador em ascensão, que viria a ser amplamente reconhecido pela sua obra-prima, “Citizen Kane”, encenava numa rádio local, a WABC, como acontecia com frequência naquela altura, uma adaptação do livro “War of the Worlds”, de H.G. Wells. Rezam as crónicas da altura que Welles se desviou do livro original, utilizando ênfase e entoação própria de um jornal, como se estivesse a ler notícias. Ora, tal foram as parecenças, que foi criado o pânico e a histeria colectiva, levando milhares de pessoas a contactarem a polícia, crendo que estariam mesmo a ser alvo de um ataque alienígena, tal como Wells o havia descrito no seu livro de 1898. Mais tarde, em 1953, a obra foi pela primeira vez adaptada para cinema, pela mão de Byron Haskin, um especialista em efeitos especiais que foi nomeado por quatro vezes, e consecutivas, para o galardão da Academia.
Chegamos agora a 2005. Steven Spielberg, reputadíssimo realizador que povoou o imaginário de várias gerações com “Jaws“, “Close Encounters of the Third Kind” e “E.T.“, entre muitos outros exemplos possíveis, e após realizar “Minority Report“, resolve juntar Tom Cruise, com quem diz que gostou de trabalhar, e avançar para este projecto. “Acusado” de só realizar filmes com criaturas alienígenas de bom coração, Spielberg, que já havia decidido partir para a adaptação de “War of the Worlds” quando comprou a última cópia do argumento radiofónico de Welles, parte para a produção e realização desta película, criando expectativas enormes (aliás, o filme era para ser feito por volta de 1996, mas a estreia de “Independence Day” vaio adiar essa pretensão.
A história é de todos sobejamente conhecida, e assenta na premissa da invasão do planeta Terra por extraterrestres, os quais aterram com intenções de tomar tudo de assalto. Tom Cruise é Ray Ferrier, divorciado, pai de dois filhos – Rachel (Dakota Fanning) e Robbie (Justin Chatwin) – e que os recebe em casa naquele que será o fim de semana para tomar conta deles. Mas uma série de relâmpagos levam a que do chão se ergam umas terríveis máquinas assassinas, que disparando indiscriminadamente, matam tudo e todos que surgem à frente. Ray e os seus dois filhos encetam uma fuga em direcção a Boston, onde se encontra a mãe das crianças.
O filme é uma tremenda desilusão. Mas tem uns segundos iniciais de imensa expectativa – uma narração de Morgan Freeman deliciosa (e se se tivesse optado por continuar com a narração…), dando o mote, numa espécie de reflexão dos actos que o Homem tem tomado, para o início da aventura. Ora, aquilo que era para ser uma mortífera invasão alienígena, acaba por ser uma introspecção do conceito de família, de relações familiares e essencialmente da concepção de um homem que, sempre virado para si mesmo, acaba por ser ver em apuros, sem saber como reagir contra uma força imprevisível (e aqui, não só no tema, mas essencialmente no modo como o caos, a destruição e a fuga foram filmados, surge mais uma vez a ideia de cinema pós-11 de Setembro, não na versão introspectiva e de reflexão, mas violenta e apocalíptica). E aliado a isto, temos personagens sem interesse nenhum (honra seja feita a Tim Robbins, que revoluciona um pouco este unanimismo), e sequências longíssimas e aborrecidas de conversas familiares, putos mimados e a fazerem birra, que surgem constantemente à frente da janela, tapando o olhar para o que acontecia lá fora (a tal invasão). Mas nem tudo são espinhos – Dakota Fanning confirma-se como uma grande actriz (pese andar meio filme aos berros); Justin Chatwin também está muito interessante; a banda sonora de John Williams está, como seria de esperar, soberba (a sequência da primeira fuga, ainda no bairro de Ferrier, é estrondosa), bem como os efeitos especiais (quando Ray sai da cave da casa da ex-mulher, e se depara com um Boeing em chamas, completamente destruído, é fabulosa). Mas nem estes pequenos pormenores retiram o sabor amargo de que podia ter sido feito muito melhor (eu não queria ver só os Tripods a disparar durante duas horas, queria ver também os verdadeiros invasores, bem mais do que aparecerem durante cinco minutos). E termina recorrendo ao que devia ter sido feito durante todo o filme – a narração – para explicar o que ninguém podia ter entendido se não nos tivesse sido dito directamente, em 20 segundos (ah, eles não estão habituados ao nosso planeta, com o ar poluído e os germes, e so vermes, e tudo o que está a levar o nosso planeta à implosão, e morreram num ápice, sem antes provocarem a destruição). Esperamos pelo próximo, Spielberg.

Título Original: “War of the Worlds” (EUA, 2005)
Realizador: Steven Spielberg
Intérpretes: Tom Cruise, Dakota Fanning, Justin Chatwin e Tim Robbins
Argumento: H.G. Wells e David Koepp
Fotografia: Janusz Kaminski
Música: John Williams
Género: Ficção Científica / Drama / Thriller
Duração: 116 min
Sítio oficial: http://www.waroftheworlds.com
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Comments (5)

  1. Anónimo says:
    July 13, 2005 at 4:25 pm

    não discuto o gostares ou não, isso depende de cada um e ninguem tem nada a ver com isso, mas a análise ao filme é completamente falhada.

    como podes escrever sobre o filme sem perceberes sequer que se trata de uma adaptação e não duma obra original? quase tudo o que criticas foi obra do wells, e não do spielberg. a razao da morte dos invasores.. o reencontro final com a familia.. o aliens so aparecerem por poucos minutos.. etc. ate os tripods foram da responsabilidade de wells!

    Reply
  2. Anónimo says:
    July 13, 2005 at 5:01 pm

    O que foi criticado não foi a morte dos invasores mas não desenvolverem isso melhor, o reencontro familiar não é parte fulcral do livro que eu me lembre e os tripods nao foram censurados por existirem, o que foi referido foi que também os aliens deveriam ser mostrados, enquanto morriam.

    Como é possível criticar um artigo se nem se lê direito o que foi escrito?

    Reply
  3. Anónimo says:
    July 13, 2005 at 6:43 pm

    Supondo que o segundo anonymous não é o mesmo que o primeiro… Foi exactamente o que eu quis dizer no texto – as críticas são direccionadas (como facilmente se entende pelo texto – às opções e linhas de orientação do realizador. Um abraço e obrigado pelas visitas.

    Reply
  4. David Santos says:
    July 17, 2005 at 6:19 pm

    8/10
    Muito Bom!

    Reply
  5. Anónimo says:
    September 27, 2005 at 12:08 pm

    10/10
    exelente

    Reply

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