Nuno Reis, May 12, 2005 ”In Good Company” por Nuno Reis Paul Weisz é conhecido por filmes como “American Pie” e “About a Boy”, feitos a meias com o irmão. Esta sua primeira incursão a solo na realização é ainda comédia mas não é tão divertida como a primeira nem tão intelectual como a segunda. Baseado num argumento do próprio retrata uma situação frequente nos grandes mercados, compras e vendas de empresas e reorganização do pessoal. Quando Dan (Dennis Quaid), um homem na meia-idade com a certeza de ir ser promovido a director, descobre que terá Carter (Topher Grace), um quase-adolescente, como superior não reage bem. Lida com esse percalço pois com a entrada da filha Alex (Scarlett Johansson) para a faculdade não pode correr o risco de ficar sem emprego, mesmo que seja obrigado a despedir alguns dos velhos amigos. Dan tenta dar-se bem com o chefe, discorda com muitas das decisões mas consegue apresentar sempre o seu ponto de vista e algumas vezes convence-o. A nova empresa mãe em vez de atrair novos clientes (Dan vende espaço publicitário numa revista) faz com que alguns velhos clientes/amigos, agora pertencentes a grupos concorrentes, deixem de anunciar e isso coloca o negócio abaixo das previsões feitas. A delicada situação profissional tem de ser resolvida e para isso os dois são obrigado a passar muito tempo juntos, algo difícil depois de Dan descobrir que Carter namora com Alex.Falando do elenco começo por referir Dennis Quaid que está bastante mais envelhecido e quem não viu “Flight of the Phoenix” pode ficar surpreendido. Tem sido frequentemente o homem de meia-idade com capacidade de lidar com situações adversas e este é mais um desses. Topher Grace tem tido uma carreira cinematográfica discreta (mas é a estrela na série “That’s 70’s Show” ao lado de Ashton Kutcher), apareceu em “Traffic” e “Mona Lisa Smile” e foi o actor principal em “Win a Date With Tad Hamilton” e “P.S.”. Neste filme a interpretação do jovem e desajeitado empresário de sucesso está bem conseguida, também ele foi uma escolha acertada para a personagem. Para completar as estrelas falta falar de Scarlett Johansson, nas suas breves aparições no ecrã rouba todo o protagonismo aos demais. Depois das duas obras-primas com que surpreendeu o mundo no ano passado não admira que agora todos os papéis normais pareçam demasiado pequenos. Dois filmes em duas semanas devem ser suficientes para acalmar os fãs da actriz.O filme fica no meio-termo, nem muito cómico nem muito dramático, fala de amor como de negócios, dá um retrato preocupante da instabilidade do mundo adulto combinado com um retrato encantador das despreocupações dos jovens e a confusa vida daqueles apanhados entre duas formas de vida tão incompatíveis. Consegue criticar os negócios feitos entre mega-corporações, assim como os pais demasiado protectores. Peca precisamente por ficar a meio entre situações igualmente dignas de destaque. Dá para passar uns bons minutos mas falta-lhe um pouco de especificidade. Termina com um golpe previsível de ironia e mostrando a alternativa (financeiramente pouco viável) a tomar 20 cafés por dia. Título Original: “In Good Company” (EUA, 2005)Realizador: Paul WeiszIntérpretes: Dennis Quaid, Topher Grace, Scarlett Johansson, Marg Helgenberger, Philip Baker HallArgumento: Paul WeiszFotografia: Remi AdefarasinMúsica: Damien Rice, Stephen Trask, Peter GabrielGénero: Comédia/Drama/Romance Duração: 109 min.Sítio Oficial: http://www.ingoodcompanymovie.com Uncategorized