Nuno Reis, September 16, 2004 “André Valente” por Nuno Reis Invertendo a tendência verificada no Fantasporto, este mês foi a vez da Coreia do Sul se render ao cinema nacional e “André Valente” saiu do festival de Gwangju com o Prémio da Crítica que junta ao Prémio Don Quijotte recebido em Locarno. O que tem o filme de especial para conquistar europeus e asiáticos? É simplesmente realista. A primeira longa-metragem de Catarina Ruivo (autora da curta “Uma Cerveja no Inverno“) centra-se num jovem de 8 anos, André Valente, e na sua bem complicada vida. André Valente (Leonardo Viveiros) é-nos apresentado ainda como um bebé onde ficamos a conhecer os seus pais, um casal que sonha com a felicidade, minutos depois o filme mostra-nos que os problemas não se resolveram. André tem um pai ausente e diversos problemas com os colegas na escola, a sua namorada Susana é a única amiga que tem e quando ela muda de escola André vira-se para Nikolai, um russo seu vizinho, que uma vez o defendeu. Nikolai (Dmitry Bogomolov) tem os seus problemas mas os laços entre estas duas pessoas sós surgem quando a mãe de André (Rita Durão) quase se suicida, laços que a patinagem completam. O filme tem momentos menos bons mas geralmente é um bom retrato da infância, utiliza uma linguagem bastante forte – que eu não esperava de um filme sobre uma criança – e transmite bem a sua moral, “não podemos esperar que alguém fique conosco para sempre, mas podemos ter a certeza de que teremos sempre alguém ao nosso lado”. Para os apreciadores do cinema português é um título a não perder, para os restantes digo que vale a pena fazer um esforço. Uncategorized
Vou ver se vejo esse filme. 🙂 Afinal este ano nem sequer “Os Imortais” vi no cinema e isso é imperdoável – para corrigir a falha vou ver o filme quando passar na RTP 1. Abraços cinéfilos,Tiago Teixeira. (aka cinemaddicted) Reply