Angelina Jolie interpreta Illeana Scott, uma profiler do FBI que é chamada a Montreal para resolver um estranho caso de assassinato. Os seus métodos não são os convencionais e um dos agentes canadianos, interpretado por Olivier Martinez, é totalmente contra o seu envolvimento no caso. Quando o serial-killer comete o crime seguinte aparece uma testemunha, Ethan Hawke, e finalmente o caso começa a seguir um padrão mais normal, com testemunhas e suspeitos, interrogatórios e provas, o assassino roubava a vida às suas vítimas em todo o sentido da palavra pois ocupava o lugar delas na sociedade.

A nível de interpretações Jolie está parecida com a personagem que teve em “Original Sin“, com uma personalidade intensa mas que se torna secundária em comparação com o corpo. Hawke está diferente do habitual, o seu papel de vítima que obviamente está perturbada não era fácil por ter muitas variações mas no final, quando já o conhecemos bem, torna-se uma personagem muito bem conseguida. Martinez é o actor secundário, conseguiu passar de vilão (em “SWAT“) para polícia que se respeita e teme. Os outros polícias são personagens típicas e uma semana depois de ver o filme já pouco interessam, afinal, a história resume-se ao amor escondido entre a agente e a testemunha enquanto se captura um criminoso. Entre os restantes actores o destaque vai para o regresso de Gena Rowlands ao grande ecrã ao fim de cinco anos, como mãe do criminoso.

A nível de realização o filme não tem nada de estraordinário, é dos primeiros filmes para cinema de D.J. Caruso que tem feito ocasionalmente episódios em séries de TV. a montagem está boa sem exagerar mas o filme sofre pelo argumento que, exceptuando os momentos de acção e a descontracção final, é fraco e pouco criativo. Quando estava a ver o filme senti vontade de considerar a cena de sexo como a melhor de se ver mas felizmente o desenrolar da acção na cabana apesar de previsível está bom.

O que mais lamento no filme é o pequeno papel de Kiefer Sutherland, que se descobre ser o mau da fita mal aparece em cena. Depois do papel de herói em “24” e especialmente em “Phone Booth” (era a voz do outro lado) seria óptimo poder ver a sua interpretação como um vilão real nesta época em que tem o nome realmente divulgado.

Quem quiser ver o regresso de Gena Rowlands é capaz de apreciar pois tem um papel pequeno mas fulcral por ser a única que pode identificar o assassino e surge a vários momentos no filme. Pessoalmente não recomendo o filme excepto a fãs de Angelina Jolie ou de thrilllers psicológicos de qualidade mediana.