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20 anos na fila da frente

RC, April 8, 2004

“Carandiru” por César Nóbrega

Carandiru era a maior prisão da América Latina, durante um século albergou presos de todas as etnias e credos. O filme do argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, de quem vimos “Pixote, A Lei do mais Fraco” (1980) com Marília Pêra e Jardel Filho, ou “O Beijo da Mulher Aranha” (1985) com Sónia Braga e William Hurt, é baseado no livro “Estação Carandiru” do médico Drauzio Varella, de quem Babenco é grande amigo. Se o livro é muito duro e cru, a fita é mais romântica e desculpabilizante, na medida em que quase todos os presos que chegam aquela casa de detenção de São Paulo têm uma desculpa para ali estarem. Não que isso faça deles “santinhos”, mas porque nos leva a gostar de criminosos.
“Carandiru” é um conjunto de relatos, histórias que o clínico foi recolhendo ao longo da sua estadia na prisão, por causa de uma campanha de sensibilização contra a SIDA, até ao dia do Massacre de Carandiru, em Outubro de 1992, que culminou com a morte de mais de 100 presos. Ao chegar à prisão, o médico depara-se com problemas gravíssimos, sobrelotação, instalações precárias e doenças como a tuberculose, além da SIDA. Oncologista famoso, Drauzio Varella é obrigado a trabalhar em condições horríveis e, acima de tudo, assume o papel de sacerdote, aquele que ouve as confissões de milhares de detidos (na altura eram mais de 7000). De um par de ladrões que na primeira vez que se chatearam, e deixaram de planear assaltos em conjunto, foram apanhados, até à vida desgraçada de um miúdo que apenas queria vingar a honra da irmã, passando por um homem dividido entre dois amores, uma loira, outra negra, as duas muito ciumentas, mas apaixonadas.
Depois de muitas aventuras estrangeiras, Hector Babenco, o mais internacional dos realizadores brasileiros no activo, filma o Brasil que não vemos nas telenovelas, com actores de renome, como são Rodrigo Santoro ou Milton Gonçalves, só para citar alguns.
É um novo realismo que tem vindo a assolar o cinema brasileiro, à semelhança de “Cidade de Deus” (Fernando Meirelles, 2002), e ainda bem. Hector Babenco, como Walter Salles (“Central do Brasil”, 1998) e, claro, como o próprio Meirelles conseguem fazer de um assunto muito sério, um filme “quase” agradável de ver, não fossem algumas cenas de uma violência física e psicológica assustadora. Por entre dramas de vida somos levados a sorrir de forma a perceber uma coisa, para os brasileiros há sempre solução para tudo, nem que seja a morte.
No Brasil, “Carandiru” foi um dos maiores sucesso de bilheteira de todos os tempos, acho que vale a pena ir ao cinema vê-lo, pode ser em vez daquela telenovela que passa na televisão às 9 da noite, não vai dar por desperdiçado o seu tempo.
Título Original: “Carandiru” (Brasil, 2003)
Realizador: Hector Babenco
Intérpretes: Luiz Carlos Vasconcelos, Milhem Cortaz e Rodrigo Santoro
Argumento: Dráuzio Varella, Hector Babenco e Fernando Bonassi
Fotografia: Walter Carvalho
Música: André Abujamra
Género: Drama
Duração: 146 min
Sítio Oficial: http://carandiru.globo.com
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