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20 anos na fila da frente

“Blue Valentine” por Nuno Reis

Nuno Reis, November 15, 2011
Por mais bonitas que sejam as histórias de amor terminadas com “e viveram felizes para sempre”, haverá sempre um grupo a dizer que o Amor não é para sempre, que é preciso um constante esforço para manter a chama acesa e, quando falha, a culpa é do outro lado ou do destino. “Blue Valentine” vem mostrar os dois lados dessa batalha, os prós e os contras de cada elemento do casal, o que fizeram, o que não fizeram, o que podiam ter feito.

A história de Dean e Cindy começa como a de qualquer outro casal. Uma coincidência reúne-os, ele esforça-se em repetir a situação, ela gosta da atenção. Ao fim de algumas conversas e alguns passeios, não conseguem estar separados. O bela início de uma relação com o passar dos anos torna-se num pesadelo. Este filme mostra tudo, mas tem um pequeno detalhe. Não segue a ordem cronológica e por isso ao mesmo tempo que os vemos solteiros e ignorantes da existência da alma-gémea também os vemos enamorados, casados de fresco, zangados. Porque isto é apenas um casal e todos os momentos fazem parte da sua história conjunta.


Este argumento teve uma vida interessante. Derek Cianfrance demorou doze anos a afiná-lo, ganhou um prémio para a sua produção e escolheu os actores. Depois disse-lhes para simplesmente esquecerem tudo e improvisarem, dando deixas a cada sobre como se deveriam comportar. As primeiras cenas (cronologicamente) foram filmadas relativamente depressa com uma câmara de 16mm. Depois os actores foram viver juntos no apartamento-cenário para se conhecerem, ganharem hábitos de casal e se começarem a fartar um do outro. Finalmente a rodagem da parte final foi feita com uma moderna câmara RED.
A experiência de Cianfrance como marido contribuiu para o argumento e a experiência como documentalista para lhe dar um aspecto terrivelmente real. Sentimo-nos espectadores de uma história, recebemos fragmentos arbitrários e cada um pode criar expectativas que termine bem ou mal, mas nada se pode concluir antes do final. Até lá podem apreciar momentos lamechas, discussões poderosas, momentos de pura indiferença e situações que por si só acabariam com o casamento. Mas há uma filha e não podem pensar apenas neles, têm de pensar nela. Aí outra questão de levanta. Até que ponto virem de famílias disfuncionais lhes toldou a visão de como deve ser um casamento? Terá essa criança um futuro feliz?

Não é uma história bonita, pelo contrário. Pode ser um romance, mas não é um filme para ir ver com a namorada. Aliás, é o oposto de um filme romântico. E acreditem que também não é para casais instáveis pois quaisquer semelhanças com a realidade poderão desencadear discussões “é tal como tu”. É um filme para ir ver sozinho e para reflectir. Para pensar no que se tem feito mal e como corrigir antes que seja tarde. Se pensam que esta história não tem nada a ver com vocês é porque ainda estão no bom caminho e nada está perdido.

Uma nota final para as interpretações pois a nomeação solitária de Michelle Williams a Oscar é injusta. Não porque ela não merecesse, mas porque ele também merecia. São duas performances avassaladoras que provam o enorme esforço para recriar as coisas simples da vida. Cindy granjeia mais simpatia por ser uma pessoa sensível, trabalhadora e querida, mas Dean não é culpado de nada além da vida que tem e no início da história de certeza que fez as espectadoras suspirarem por um homem assim. Ambos falham, a ambos se perdoa, mas são um casal a recordar para a eternidade.

Blue Valentine Título Original: “Blue Valentine” (EUA, 2010)
Realização: Derek Cianfrance
Argumento: Derek Cianfrance, Cami Delavigne, Joey Curtis
Intérpretes: Michelle Williams, Ryan Gosling
Música: Grizzly Bear
Fotografia: Andrij Parekh
Género: Drama,Romance
Duração: 112 min.
Sítio Oficial: http://www.bluevalentinemovie.com/
Nuno Reis Filmes 2011

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Comments (3)

  1. Unknown says:
    November 15, 2011 at 5:48 pm

    Este foi um filme que surpreendeu-e muito. Talvez por não ter qualquer tipo de espectativas quando o vi.Gostei bastante e a dupla consegue fazer por completo o seu trabalho, concordo quando dizes que ambos mereciam uma nomeação. Porque sem os dois o filme provávelmente não resultaria tão bem…

    Fico também triste por não ter sido nomeado para mais categorias.

    Mas é um excelente filme, que merece ser visto.

    Cumprimentos,
    cinemaschallenge.blogspot.com

    Reply
  2. ArmPauloFerreira says:
    November 15, 2011 at 8:14 pm

    Interessante a critica "Muno"… interessante sim.
    É um grande filme!

    Contudo, tenho uma visão diferenciada do que vejo em todas as criticas que leio a este filme (e não discordo do que tenho lido mas…they all missed the point) pois para mim, ele é isso sim um tremendo ensaio nunca visto sobre o que leva o amor numa relação a terminar (e nesta critica até apontas indícios mas foi pena não os teres explorado). E o filme faz isso com mestria, apresentando o estado anterior e a fase posterior de cada erro, ausência de solidez na construção da relação, as diferentes motivações de cada um.

    Reply
  3. Nuno says:
    November 15, 2011 at 10:01 pm

    Obrigado pela correcção!

    Se entrasse demasiado em detalhe sobre a mensagem do filme, iria condicionar futuras interpretações. É um conjunto de grandes retalhos, momentos de uma relação de sonho que dá para o torto.

    Reply

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