Cinema e Arquitectura Nuno Reis, April 23, 2013 CINEMA ÀS SEXTAS – CICLO CINEMA DE ARQUITECTURA EM MAIO A Sétima Arte vai dominar as atenções em Maio na Ordem dos Arquitectos. Todas as sextas-feiras ao final do dia, o auditório da Ordem dos Arquitectos abre-se, sempre às 21h30, para uma sessão de cinema de arquitectura, num total de cinco ao longo do mês. A iniciativa resulta de uma parceria entre a OASRS e a Zero em Comportamento. O ciclo prevê a exibição de fimes, seguida em alguns casos, de uma conversa com convidados. Pelo Auditório da OA passarão os realizadores Graça Castanheira, Tiago Hespanha, Filipa Reis e João Miller Guerra, bem como João Roquette, CEO do Grupo Esporão, e os arquitectos José Charters Monteiro e João Botelho do atelier João Botelho+Miguel Oliveira Arquitectos. Os bilhetes, à venda no próprio dia de exibição no edifício da Ordem dos Arquitectos, são de 2,50€ para membros da OASRS, de 3,00€ para público em geral e 12,50€ para o ciclo completo. PROGRAMA EM SÍNTESE 3 de Maio – 2 filmes: “Quinta dos Murças – O Projecto” e Alto Relevo – Canto ao Douro e ao Vinho + Conversa com Graça Castanheira, Pedro Roquete e João Botelho. Degustação de vinhos, cortesia Quinta dos Murças. 10 de Maio – “The Human Scale” 17 de Maio – 3 curtas: “The Future Will not be Capitalist”, “Unfinished Italy” e “Bela Vista” + Conversa com Filipa Reis, João Miller e José Charters Monteiro. 24 de Maio – “The New Rijksmuseum” 31 de Maio – “Mark Lewis: Nowhere Land” + Conversa com Tiago Hespanha. PROGRAMA EM DETALHE 3 de Maio, 21h30 Quinta dos Murças – O Projecto Graça Castanheira, 40′, 2011, Portugal, Esporão + Pop Filmes 2011 A história por trás do novo momento do Esporão com os vinhos do Douro. Trailer: https://vimeo.com/20267537 Alto Relevo – Canto ao Douro e ao Vinho Graça Castanheira, 14’, 2011, Portugal, Esporão + Pop Filmes 2011 Para celebrar o lançamento dos vinhos da Quinta dos Murças, o Esporão decidiu encomendar um filme documentário à realizadora Graça Castanheira. O “Alto Relevo” nasce da visão da realizadora sobre o Douro e o Vinho. 10 de Maio, 21h30 The Human Scale Andreas M. Dalsgaard, 2012, 77’, Dinamarca Trailer: https://vimeo.com/51436648 50 por cento da população mundial vive em áreas urbanas. Em 2050, este número crescerá 80 por cento. A vida numa mega-cidade é ao mesmo tempo encantadora e problemática. Hoje enfrentamos o pico da exploração petrolífera, mudanças climáticas, solidão e problemas de saúde dramáticos por causa do nosso estilo de vida. Porquê? O holandês Jan Gehl, professor e arquitecto, estudou o comportamento humano nas cidades durante 40 anos e documentou a forma como as cidades modernas repelem a interacção humana. Gehl defende que podemos construir cidades de forma a respeitarem as necessidades humanas de inclusão e intimidade. The Human Scale consulta pensadores, arquitectos e urbanistas em todo o mundo, questionando as nossas presunções sobre modernidade, explorando o que sucede quando se colocam as pessoas no centro do nosso planeamento. 17 de Maio, 21h30 1 – The Future will not be Capitalist Sasha Pirker, 20’, 2010, Áustria | Sixpack Film Trailer: https://vimeo.com/59052487 No final dos anos 60 do século passado, Óscar Niemeyer desenhou o quartel-general do partido comunista francês. Este filme estuda a relação entre este edifício, com as suas características futuristas, e a situação contemporânea de projectos políticos, realidade económica e atitudes estéticas. São utilizados diferentes métodos cinematográficos para fornecer diferentes pontos de vista sobre este tão incomum edifício enquanto um espaço fisíco, uma insttuição e um documento histórico, analisando assim o seu efeito estético, a sua utilização, o seu uso e o seu sentido politico e simbólico. 2 – Unfinished Italy Benoit Felici, 33’, 2011, Itália | Zelig Film Edifícios num limbo entre a perfeição e o nada. Desistiram deles a meio da construção e tornaram-se ruínas antes mesmo de serem usados. Estes edifícios fazem parte da paisagem arquitectónica de Itália. O filme estuda o valor potencial dos prédios inacabados em Itália e a capacidade do homem para adaptá-los às suas necessidades diárias. Estas ruínas, cujo futuro já passou e cujo presente carrega o sabor de uma eterna espera, são um convite para meditarmos sobre o tempo. Trailer: http://vimeo.com/17796072 3 – Bela Vista Filipa Reis e João Miller Guerra, 30’, 2012, Portugal | Vende-se Filmes Vivências, palavras, gestos e olhares cruzam-se à nossa frente, num caos ordenado pelo quadriculado das janelas e varandas. Fileiras de prédios interligados por corredores debruçados sobre pátios. Portões definem a propriedade de cada um. A geometria da vida de um bairro: a Bela Vista. 24 de Maio, 21h30 The New Rijksmuseum Oeke Hoogendijk, 120’, 2008, Holanda, Pieter van Huystee Film Trailer: https://vimeo.com/59052519 A demolição e o desmantelamento deveriam dar origem a algo novo e belo, mas revelou-se mais fácil destruir do que construir. Desde o início, a renovação do Rijksmuseum pareceu assombrada por múltiplas comissões, pela Associação dos Ciclistas de Amesterdão, por diversos regulamentos para a construção e por muita “politiquice”, pelo que a reabertura teve de ser adiada diversas vezes. Os anos foram passando e a frustração ganhou terreno. 31 de Maio, 21h30 Mark Lewis: Nowhere Land Reinhard Wulf, 82’, 2011, Alemanha Trailer: https://vimeo.com/59052139 O documentário é a segunda longa-metragem de Reinhard Wulf depois do sua estreia com “James Benning – Circling the Imagem” (2003) que acompanha o artista canadiano Mark Lewis em trabalho em Toronto. Normalmente projectados em loop, os pequenos e silenciosos filmes de Mark Lewis – a maior parte gravados em Londres e Toronto -, exibem áreas urbanas e arquitectura moderna. Os filmes exploram meios cinematograficos básicos e mais recentemente técnicas de projecção mais sofisticadas. Mark Lewis nasceu em 1957 em Hamilton, no Canadá. Vive em Londres. Representou o Canadá na Bienal de Veneza 2009. O documentário acompanha o artista enquanto gravava o seu filme mais recente “Mid Day Mid Summer, Corner of Yonge and Dundas”, num cruzamento no centro de Toronto. Enquanto regressa a locais na cidade e às paisagens deslumbrantes de Algonquin Park, onde filmou a sua obra anterior, Mark Lewis fala eloquentemente do seu interesse pela arquitectura, o seu fascínio por não-lugares, os seus métodos de trabalho e as suas convicções como artista e realizador. CINEMA ÀS SEXTAS Ciclo de Cinema de Arquitectura Maio – 3, 10, 17, 24 e 31 às 21h30 Auditório da Sede da Ordem dos Arquitectos Bilhetes: membros OASRS – 2,50 € | público – 3,00 €, Ciclo completo – 12,50 Organização: Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos com a Zero em Comportamento Apoios: Quinta dos Murças Ciclos de Cinema