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20 anos na fila da frente

“Delicious” por Nuno Reis

Nuno Reis, September 21, 2014
Vamos falar de comida. Se estão em jejum, por algum motivo, é melhor não continuarem. Vâo comer algo antes de regressarem a este texto. Mas não é petiscar! Comam algo incrível pois em “Delicious” é precisamente disso que vamos falar: comida deliciosa e como é (im)possível ficar indiferente a ela.
Certamente viram alguns filmes sobre comida. Só este ano tivemos dose dupla com “Chef” e o, ainda em cartaz, “The Hundred-Foot Journey“. Mas quando viram o último filme sobre distúrbios alimentares? É essa a diferença na proposta de Tammy Riley-Smith, uma realizadora que ousou vender, disfarçado de romance, algo que à partida ninguém quereria ver.

Esta podia ser a história de um cozinheiro. Ou melhor, um ajudante de cozinha com aspirações de se vir a tornar cozinheiro. Acabado de chegar a Londres, Jacques ambiciona trabalhar para o chef Victor Elwood. Aliás, é a sua única opção pois não tem nada nem ninguém na cidade. A comida, e aquele restaurante em particular, são a sua meta. O destino vai torná-lo vizinho da intrigante Stella, uma mulher que se revela um obstáculo em vários sentidos, pois não é particularmente sociável, não se interessa nele como homem, não gosta de comida, e gosta de ter a música bem alta pela noite dentro. Claro que o francês encara essas afrontas como um desafio e tudo fará para dar a volta à mulher que lhe dá a volta à cabeça.

Alguns poderão ficar curiosos pelo filme devido à participação de Louise Brealey, a Molly de “Sherlock“, mas preparem-se para ficar desconsolados. A beldade inglesa não é a estrela maior do filme. O protagonismo é de Nico Rogner, um actor que provavelmente ainda não conhecem por se dedicar maioritariamente a teatro e por andar a saltitar por toda a Europa a actuar em diferentes idiomas. O seu Jacques é um mistério multi-facetado, com um lado bom e um lado mau que só lentamente vai revelando, não nos permitindo decidir à primeira se gostamos dele ou não. E à medida que a vida da personagem o vai tornando mais indesejável aos que o rodeiam, nós, como espectadores, cada vez o apoiamos mais. Em confronto com ele temos a Stella de Brealey, uma mulher que nos atrai imediatamente, pela actriz que é – e por um momento de voyeurismo – e que lentamente se vai revelando uma dor de cabeça. Uma mulher problemática que consegue afastar quase todos os que a rodeiam. Esta dupla fora do comum e os sentimentos inesperados causados por ela, permite criar uma empatia pouco comum nos filmes de maior orçamento. Ficaram a faltar alguns momentos mais – Sheila Hancock podia ter tido mais uns minutos – mas a verdade é que tudo aquilo que não foi mostrado, sabemos como acontece. Só vemos aquilo que não imaginavamos. O resto, podemos supor pois não fará diferença na narrativa.

Ao contrário de outros filmes onde a comida acaba por se tornar o centro das atenções, em “Delicious isso não é bem verdade. A comida está sempre presente (é parte do que nós somos, a precisar de alimento a cada 2, 3 horas), mas não se intromete e não desvia atenções. Excepto naquele ponto-chave quando um Jacques completamente arrebatado se dedica a mostrar à frígida Stella que todos os prazeres da vida estão associados à boa comida, preparando-lhe um autêntico festim. Certamente uma experiência que só quererão antes dum bom jantar.

O filme foi exibido no Porto numa sessão especial organizada pela Susana Grilo na Casa da Música. O resto do evento foi um concerto nocturno de compositor e co-produtor do filme, Michael Price, ao piano, acompanhado pelo violoncelista Peter Gregson.

Delicious Título Original: “Delicious” (Reino Unido, 2013)
Realização: Tammy Riley-Smith
Argumento: Tammy Riley-Smith
Intérpretes: Nico Rogner, Louise Brealey, Sheila Hancock, Adrian Scarborough
Música: Michael Price
Fotografia: Pete Rowe
Género: Drama, Romance
Duração: 83 min.
Sítio Oficial: http://deliciousthefilm.com/wp/
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