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20 anos na fila da frente

“Entre os Dedos” por António Reis

Nuno Reis, December 28, 2008
Como tudo o resto na sociedade portuguesa, o sentimento geral no cinema português é de crise. Crise de produção, crise de ideias e, obviamente, crise de distribuição. O centenário Manoel de Oliveira deu para animar o ano, mas não esconde as reais dificuldades de um cinema em busca de identidade. Depois do sucesso de estreia da dupla Tiago Guedes e Frederico Serra com o interessante “Coisa Ruim“, que era um projecto original dentro da produção portuguesa porque abria as portas do fantástico e do lendário tradicional, a expectativa deste novo filme era muito elevada.
Este pressuposto condiciona a escolha de um novo guião porque as comparações serão inevitáveis. “Coisa Ruim” tinha recebido muito boas referências críticas, tinha conseguido razoáveis números de bilheteira e tinha feito o circuito dos festivais com êxito.

“Entre os Dedos” marca uma inflexão na carreira destes jovens realizadores e integra-se na categoria de cinema sobre o quotidiano suburbano, depressivo e deprimente, que constitui quase o fado do nosso cinema. História de vidas que se cruzam marcadas por desencontros sucessivos de afectos, conflitos, emoções e obstáculos sem esperança de redenção, o seu tom cinza é uma escolha acertada para traduzir o estado de espírito dos seus personagens. Sem pretender ser uma metáfora de Portugal numa encruzilhada, sem arriscar uma abordagem sociológica de marginalidades étnicas ou exclusões sociais, “Entre os Dedos” é um filme sobre pessoas normais que vivem tempos difíceis e que por isso são vítimas de um contexto que as oprime. Num argumento em que a estrutura narrativa se articula com verosimilhança face ao real, surpreendem apenas algumas alusões ao preconceito racial e ao destroços de África que parecem um pouco forçados para a história.

Num comentário ocasional ouvido à saída do cinema um espectador sugeria que Portugal precisava de ir ao psiquiatra e um outro sugeria com ironia que o nosso cinema precisa de um Projecto Deolinda. Ir às raízes, falar do que é genuinamente nosso, mas ter uma visão positiva e motivadora sobre nós.
Os tempos estão difíceis e a vida escore entre os dedos destas personagens, marionetas na mão da vida.

Título Original: “Entre os Dedos” (Portugal, 2008)
Realização: Tiago Guedes, Frederico Serra
Argumento: Rodrigo Guedes de Carvalho
Intérpretes: Filipe Duarte, Isabel Abreu, Luís Filipe Rocha, Gonçalo Waddington, Paula Sá Nogueira
Fotografia: Paulo Ares
Música: Jorge C.
Género: Drama
Duração: 100 min.
Sítio Oficial: http://www.entre-os-dedos.com/
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