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20 anos na fila da frente

Entrevista a Tanel Toom (parte II)

Nuno Reis, June 16, 2011
Segunda parte da entrevista conseguida no Porto7

Antestreia: Para a sua tese escolheu uma história muito especial. Combina religião, infância, amizade, culpa. É uma história mais britânica do que estónia?
Tanel Toom: Não considero que seja mais britânico ou mais estónio, porque são temas muito universais. Fala de religião, de catolicismo, e nem Inglaterra nem Estónia são países católicos por isso não seria de nenhum. É apenas um tema que me interessa – as religiões, não só a católica, mas todas as religiões.
Penso que seja mais estónio porque sou da Estónia e este é um filme escuro e sombrio. Gostaram do filme em Inglaterra, mas de certeza que perceberam que não tinha sido feito por um realizador britânico. Por esse ponto de vista será mais um filme estónio. Claro que foi filmado no Reino Unido e foi lá produzido e os actores e tudo é de lá, mas tem um realizador muito estónio.

A. Não foi demasiado ambicioso criar um filme de 25 minutos baseado em crianças? Não há muitas cenas só com adultos. De que forma o tempo de trabalho limitado delas afectou o filme e o que foi feito entretanto para compensar?
TT: Foi muito ambicioso. Eu sabia-o especialmente porque era o meu filme de graduação e quando criei esta história fui diversas vezes falar com o meu orientador perguntar-lhe “Sou estúpido? Fazer um projecto assim arriscado como filme de conclusão? Não deveria estar a fazer algo que tivesse a certeza de conseguir concluir?” Graças a Deus ele respondeu “deve fazer o que acha que deve fazer”. Sabia que estava a correr um grande, grande risco com aquilo, mas estou satisfeito por ter tido a coragem de arriscar porque resultou. Claro que estava apavorado. Tinha duas personagens principais, dois rapazes de nove anos, que estão sempre em cena, não há cenas sem eles, estas personagens estão em cada cena do filme. Se não funcionasse, se não arranjasse bons actores, ou se não os conseguisse dirigir como devia, tudo falharia. Não interessa quão bem esteja a ser filmado. Se não acreditares nos actores e não lhes deres vida no ecrã então não tens nada.

A: Então simplesmente seguiu o seu instinto.
TT: Sim, tentei seguir o meu instinto. Por vezes o meu cérebro começava a lutar com o coração, mas tentei sempre seguir o instinto.

A: E com um excelente resultado. Qual foi a nota conseguida com o filme?
TT: Não temos classificações. Ou passamos ou não passamos e eu passei, tirei o curso.

A: Ganhar logo em seguida o Oscar para Melhor Estudante Estrangeiro foi um bom voto de confiança por parte da indústria?
TT: É muito difícil para um estudante recém-formado, porque há muitos por aí a concluir estudos, tantos cineastas a chegar… Há mais cineastas do que o mundo precisa. É difícil convencer os agentes e produtores a verem o teu trabalho. Eles não precisam de gente nova, já têm tantos bons realizadores. Isto deu-me a vantagem de eles subitamente ficarem interessados em mim. Tenho a mesma experiência de trabalho que tinha antes, os mesmos filmes feitos antes de ganhar o Student Oscar e depois de ganhar o Student Oscar, mas de repente eles estão dispostos a pôr os meus DVD no leitor de DVD o que não acontecia antes porque há milhões de estudantes de cinema, milhares a terminarem todos os anos,. Isto deu-me uma hipótese, subitamente ficaram interessados em mim.

A: Considerando que esse prémio previu grandes nomes como John Lasseter, Pete Docter, Spike Lee, Robert Zemeckis e Trey Parker é também uma enorme responsabilidade.
TT: Sim e não, porque obviamente só me deu os nomes muito famosos, mas há imensos outros nomes de que nunca ouvimos falar. É óptimo pensar que John Lasseter e Spike Lee começaram assim, isto foi o início da carreira deles. É muito bom ouvir isso.

A: Na competição dos Oscares para “gente crescida” perdeu para outro estudante (“God of Love” de Luke Matheny, NYU). Isto significa que as curtas se estão a tornar um formato exclusivo dos estudantes ou é uma previsão de grandes realizadores a caminho?
TT: As curtas não são apenas para estudantes, nós éramos os únicos estudantes nessa categoria, isso até foi divertido. E o filme dele é muito bom. A curta-metragem é um formato que é logicamente feito especialmente por estudantes porque na escola é preciso fazer o máximo de filmes possível para aprender e desenvolver. Claro que não se pode porque a) não há dinheiro para fazer longas-metragens nas escolas e b) demoraria tanto tempo que se ficaria anos na escola durante anos. Prefiro fazer curtas durante os meus estudos.
Não penso que se esteja a tornar um formato só de estudantes. No ano anterior houve estudantes nomeados para o “verdadeiro” Oscar de curta-metragem?
A: Talvez um ou dois. (O único foi “Kavi”)
TT: É fixe ver que por vezes os estudantes conseguem produzir melhores trabalhos do que pessoas que já acabaram de estudar há muitos anos e ainda fazem curtas.

(continua)

Entrevistas Porto7 2011

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