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20 anos na fila da frente

História do Cinema – dinheiro, magia e cor

Nuno Reis, July 3, 2011

O negócio – primeiros passos

“It’s not personal, Sonny. It’s strictly business.”

Quando se fala de cinema não se pode separar a história da arte da história da indústria. Enquanto Reynaud e Lumiére cobravam pelos visionamentos combinando realização e exibição, um enorme mercado surgiu nas costas deles. Reynaud como referido retirou-se da luta. Os Lumiére perceberam a tempo e investiram nos mercados mais interessantes do ponto de vista financeiro – Reino Unido e Estados Unidos – divulgando a sua máquina, mas outros irmãos franceses conseguiram enriquecer à custa disso. Os quatro irmãos Pathé compraram as patentes Lumiére e assumiram a tarefa de desenvolver a indústria vendendo todas as máquinas e acessórios para filmagem e projecção. Primeiro em França, depois Londres, em poucos anos todo o mundo. Uma simples fábrica de gramofones depressa se tornou na maior produtora de cinema do mundo. Ainda hoje a Pathé existe.
Além da produção também a distribuição foi importantíssima. Michell H. Mark, inicialmente distribuidor de caça-níqueis, tinha um acordo com a Pathé para importar filmes para os EUA. O próprio Thomas Edison acabou por se render às evidências e começou a revender filmes feitos na Europa.

A magia no Cinema

Nessa altura, enquanto uns se dedicavam ao cinema, os irmãos Wright acostumaram-se a ouvir “It will never fly”. Até eles acreditaram nisso, mas nunca desistiram do sonho. Os próprios Lumiére tiveram uma fase em que disseram que o Cinema não teria futuro.
Ver pessoas a descer escadas, a andar de bicicleta ou a dançar pode ser muito bom, mas o Cinema é muito mais do que documentários. Estando a técnica criada era preciso moldá-la para fazer o que a mente humana queria ver. O cinema fantástico surgiu nessa altura. Cerca de 1865 surgiram dois livros deveras importantes para o futuro do cinema. “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll, e “Da Terra à Lua” de Jules Verne. A mente humana fervilhava de ideias e tinha de as transpor para película.
Em 1900 foi publicado “The Wizard of Oz” e dois anos depois o ilusionista George Méliès, espectador da primeira sessão dos irmãos Lumiére e acostumado a deslumbrar o público, passou do cinema da realidade para o “real reconstruido”. Pegou na arte de captar imagens, juntou-lhe o stop trick que tinha descoberto por acidente em 1898, um toque de humor, e partiu na “Voyage Dans La Lune”. Recordemos que os filmes de então eram feitos com a câmara em repouso. O stop trick consiste em desligar a câmara, mover algo e voltar a ligar. No filme parece que o objecto desapareceu. Méliès descobriu-o por acidente quando a câmara encravou, mas enquanto outro qualquer deitaria o filme fora, ele não descansou enquanto não descobriu como podia usar aquilo. É fabuloso o efeitos dos selenitas a esfumarem-se.


No total realizou mais de 500 filmes e teve a coragem de fazê-lo em filmes mais longos do que era habitual. Os filmes então tinham dois ou três minutos e ele fez com uns imensos oito! O maior que fez tinha quarenta minutos, uma enormidade.
O que mais surpreende em Méliés é a variedade da literatura em que se inspirava. Não se fica pelos autores da moda, Verne e Wells (inspirações para “Voyage Dans La Lune”), mas mergulha nos clássicos e nas lendas.


Méliés trouxe os actores para o cinema e inventou os storyboards. É por muitos apelidado de “cinemágico” porque tornou o Cinema em Magia.

Se em 1902 Méliès em “Le diable géant ou Le miracle de la madonne” brinca com o aumento de personagens, em Inglaterra no ano seguinte foi a vez de Cecil Hepworth e Percy Stow fazerem o mesmo a Alice adaptando Lewis Carroll.


Nos Estados Unidos a resposta veio na pessoa de Edwin S. Porter. No final de século tinha um espectáculo itinerante de cinema nas Caraíbas. De regresso aos EUA associou-se a Edison e apresentou uma visão à frente do resto do mundo. São seus os clássicos “Life of an American Fireman” (1903), o primeiro grande Western “The Great Train Robbery” (1903), o natalício “The Night Before Christmas” (1905) e o alucinante “Dream of a Rarebit Fiend” (1906) que revolucionou a técnica americana. Combinando conhecimento mecânico (inventou novos projectores), o talento para a edição e o pioneirismo em tantos géneros, foi um verdadeiro faz-tudo da sétima arte e o maior nome da década para o cinema americano.




Aquela cena colorida no final de “The Great Train Robbery” parece promissora? Méliès na altura fazia isto (primeira de três partes).


Para pouco depois fazer isto.

Tal como Reynaud também Méliès se fartou do desequilíbrio financeiro e da inexistente protecção de conteúdos e tentou destruir os seus trabalhos, mas a maioria resistiu. Passou o resto da vida a fazer as crianças sorrir de outra forma: tendo uma loja de brinquedos.
História do Cinema Especial Antestreia

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