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20 anos na fila da frente

“Invictus” por Nuno Reis

Nuno Reis, April 10, 2010
Nelson Mandela: Brothers and sisters, this is the time to build our nation!

Numa época em que os olhos do mundo estão virados para a África do Sul em antecipação do Mundial de futebol e por causa da morte de Terre’Blanche, o filme de que importa falar é “Invictus“. Aqui Eastwood mostra a influência de um homem, a mentalidade de um país, e a importância de uma competição para o orgulho nacional.

A África do Sul precisava de algo em que acreditar. A minoria branca controlava um país corupto, pobre e sem valores. A maioria negra tinha acabado de conseguir o direito a voto e utilizou-o para eleger um dos seus. O ex-prisioneiro político Nelson Mandela tornou-se então presidente. Enquanto conquistava a confiança dos outros países deixou a missão mais difícil para François Pienaar. O capitão da equipa de rugby tinha de unir negros e brancos em torno de um desporto onde eram maus. Além disso, a equipa tinha o uniforme e nome do tempo do apartheid, símbolos tão odiados como a antiga bandeira e hino. A única forma de o conseguir era sagrarem-se campeões. O futuro de um país depende de dois heróis com duas missões impossíveis.
Em Portugal tentamos o mesmo por motivos menos nobres. No futebol colocámos bandeiras nas janelas para unir uma nação em torno de uma equipa de portugueses e brasileiros. Quando chegou a hora do rugby, onde realmente tínhamos feito algo digno de destaque, comentou-se a alma e o mérito, mas de nada serviu para elevar o patriotismo. Aplaudimos as derrotas honrosas, mas acabando a prova não se falou mais dos nossos heróis e o hino não foi mais cantado com alma e coração.

Factos da história recente permanecem num lugar obscuro da memória colectiva. Não fazem ainda parte dos manuais escolares, já não são notícia. São por isso necessários filmes que relembrem os erros da humanidade e como algumas personalidades os corrigiram. Pienaar é desconhecido do grande público e merece ser aplaudido por ter motivado uma equipa e feito o que era correcto. Mandela é uma lenda, mas a sua visão foi muito além do que é imaginado pela maioria. A verdadeira dimensão da sua obra é impossível de calcular porque se preocupava com tudo e todos. É pena que não tenha sido suficiente. Pergunto-me, se ele não conseguiu, alguém conseguirá?

Não é dos filmes mais felizes de Clint Eastwood. A sua longa duração passa despercebida mesmo tendo uma grande parte das cenas no campo desportivo. Fora do campo a relação entre os seguranças é uma curiosa metáfora do que era pretendido para o país. Tudo mais é o desempenho de Freeman. Desde o sotaque à postura está irreconhecível. No passado Danny Glover e Sidney Poitier interpretaram o carismático líder, mas é esta performance que ficará para a história. Um filme que deveria fazer parte de qualquer estágio desportivo, preparação para a vida política ou formação cívica. Mesmo quando o talento de Eastwood não se revela em todas as cenas é um filme acima da média.

Título Original: “Invictus” (EUA, 2009)
Realização: Clint Eastwood
Argumento: Anthony Peckham (baseado no livro de John Carlin)
Intérpretes: Morgan Freeman, Matt Damon, Tony Kgoroge, Adjoa Andoh
Fotografia: Tom Stern
Música: Kyle Eastwood, Michael Stevens
Género: Biografia, Desporto, Drama
Duração: 133 min.
Sítio Oficial: http://invictusmovie.warnerbros.com/
Nuno Reis Filmes 2010

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Comments (3)

  1. Bruno Cunha says:
    April 10, 2010 at 10:52 pm

    Eu adorei o filme! Não é o melhor de Eastwood mas cativou-me…
    A crítica está bem elaborada mas penso que futebol/rugby ou qualquer outro desporto não se funde com o patriotismo…

    Abraço
    Cinema as my World

    Reply
  2. Nuno says:
    April 10, 2010 at 11:13 pm

    Lá foi o ponto de partida e aqui a moda também ia pegando.

    Reply
  3. Tiago Ramos says:
    April 11, 2010 at 2:40 pm

    Este desiludiu-me, depois de Changeling e Gran Torino. Mas não deixa de ser um bom filme, mas aqueles clichés e aquela banda sonora de género quase pastelão… :

    Reply

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