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20 anos na fila da frente

Quatro filmes portugueses em exibição simultânea

Nuno Reis, January 31, 2009
Haver quatro filmes portugueses em exibição simultânea seria um motivo para comemorar, não fossem eles de qualidade duvidosa. Após anos de quase total dependência estatal na produção cinematográfica e de critérios de selecção onde o factor “qualidade” e “de autor” pareciam ser dominantes, chegou o tempo de tentar um cinema mais comercial. Se no primeiro caso se registou um divórcio entre público e cinema nacional, nesta nova vaga os resultados estão longe de ser animadores. Na história mais recente do cinema português nunca mais de um filme por ano, e não em todos os anos, conseguiu atingir números de espectadores minimamente aceitáveis, em torno dos 150, 200 mil. Aconteceu com “O Lugar do Morto“, com “Jaime” e mais recentemente com “O Crime do Padre Amaro” (317 mil), “Filme da Treta” (278) e “Corrupção” (228). Este ano o recordista de bilheteira terá sido “Amália” (por enquanto com 194 mil). De notar que a cota de mercado do cinema português ronda invariavelmente 1,5 a 2%.
Os quatro filmes actualmente em exibição são o citado “Amália“, “Veneno Cura” e a dupla NBP “Contrato” e “Second Life“. Num mercado tão concorrencial e com tão poucas salas, ter quatro filmes até poderia levar a crer numa pujança inusitada do nosso cinema, não fosse o efeito de canibalização que estão a causar-se. E por isso aquilo que poderia ser motivo de satisfação será mais motivo de reflexão.

O caso “Amália” é o exemplo de um cinema português folhetinesco, televisivo e que procura a adesão fácil do público pelas piores razões. Pegar no mito Amália e tentar dar-lhe uma visão refrescante sem pôr em causa os clichés é tarefa impossível. Os espectadores têm-se sentido desiludidos. Os mais velhos porque não se revêm nesta história e os mais novos porque estão-se nas tintas para Amália.

“Veneno Cura” é um caso anómalo de cinema independente e de autora. Depois de ter realizado “Rasganço“, uma belíssima primeira longa, Raquel não resistiu à atracção do abismo que é fazer um cinema para um nicho de público intelectual.

Falta apenas abordar o boom Nicolau Breyner. Poderá haver quem o ache bom actor, a começar por ele próprio. Poderá haver quem acredite que é realizador, o que é duvidoso, ou produtor que neste caso até é verdade. Quem têm em comum estes dois filmes com “O Crime” e “Corrupção“? A convicção verdadeira de que o melhor do cinema português são as actrizes, sobretudo quando a produção apresenta dificuldades financeiras para o guarda-roupa. Quem se importa que o “argumento” de “Corrupção” seja um atraso de vida narrativo? A quem interessa que “O Crime” além do título nada deva ao Eça? Que importa que o “Contrato” parta de uma novela já fora do tempo do grande Diniz Machado e que o guião, que conta com a colaboração do nosso amigo Pedro Bandeira Freire (de quem sentimos saudades pela ausência), tenha diálogos miseráveis? Ou que “Second Life” use o truque barato de um nome apelativo das redes sociais para tentar enganar os incautos? O que importa é que neles apareça o melhor de Portugal, ainda que melhorado com algum silicone.
Vivam pois Soraia Chaves, Cláudia Vieira, Liliana Santos, pelos momentos de prazer que proporcionam aos espectadores. Bom seria que Nicolau Breyner e sus muchachos pensassem num filme que as juntasse todas, num argumento vagamente inspirado no canto nono d’”Os Lusíadas”. Talvez assim o cinema português chegasse aos 500 000 espectadores e atingisse um novo recorde.

António Reis

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