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20 anos na fila da frente

SItges – dia 7 de Outubro

Nuno Reis, October 8, 2008
Sitges – dia 7 de Outubro
As manhãs em Sitges são para os jornalistas. Os que durante a noite andam pelas festas da movida desta popular estância balnear não conhecem esta parte do festival e transitam directamente para o almoço. Os críticos de cinema têm filmes logo de manhã e por isso não têm desculpa para não poderem publicar as suas críticas. Pelas manhãs começam também as conferências de imprensa, as entrevistas e os photocalls.

Em termos de filmes o dia no principal auditório não foi mau, ainda que começar por um filme surpresa é sempre uma opção arriscada para o espectador (recorde-se que há dois anos a surpresa foi “Borat“…). Neste caso a surpresa dava pelo nome de “Trick’R’Treat“, um típico filme em formato televisivo para adolescentes e com o Halloween como desculpa para este quarteto de histórias de algum terror. É uma receita um pouco gasta que já não motiva grande entusiasmos, ainda que algumas cenas com efeitos especiais despertem alguns aplausos de uma assistência que precisava de encontrar razões para se animar. Mas os grandes filmes chegaram ao fim de tarde e noite: “Martyrs” de Pascal Laugier seleccionado para o Fantas e “Blindness” de Fernando Meirelles.

“Martyrs” é um exercício de terror psicológico e físico que põe à prova os espectadores. De uma violência extrema, condição actual do cinema de terror francês como em “A l’Interieur“ e “Frontiére“, e de uma perversidade que levou alguns críticos a acusarem o filme de nazi e misógino. Acusação mais do que injusta para um filme que reflecte sobre a condição de vítima e de mártir, afinal a condição humana. Numa muito interessante entrevista que nos concedeu em exclusivo e publicaremos brevemente, Pascal Laugier expressa bem esta procura desesperada pela sentido da transfiguração e do que nos reserva a vida pós-morte. A resposta incomodará os espectadores, mas isto é cinema para obrigar a pensar.. Uma plateia de 1300 pessoas assistiu sem arredar pé, paralisados e num silêncio profundo e respeitoso a este filme sobre a dor absoluta. Obrigatório.

“Blindness” jogava em casa, porque sabemos que Saramago é muito querido em Espanha. Um público muito heterogéneo em termos de idade rendeu-se a esta metáfora muito poética sobre a incapacidade de ver, num mundo que perdeu o sentido da humanidade. Os críticos de Saramago rejeitarão a adaptação porque demasiado americanizada, os leitores mais reverenciais de Saramago acusarão o filme de ligeireza num tema tão sensível como a falta de humanidade dos humanos. A verdade é que Meirelles se afasta um pouco das suas raízes e cria um filme não muito convincente. Se conseguir que os espectadores por um momento tenham a lucidez de pensar que há valores que nos definem como pessoas, o filme já terá valido a pena.

Foi um dos grandes momentos do festival ainda que seja discutível a sua inserção na secção competitiva do fantástico. a madrugada trouxe-nos uma história de espionagem coreana, comédia sem humor, combates corpo-a-corpo sem contacto, com momentos musicais descabidos. Uma boa motivação para ir dormir cedo.

Sitges 2008

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