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20 anos na fila da frente

“The Purple Rose of Cairo” por Nuno Reis

Nuno Reis, May 18, 2011
Aqui está uma das obras mais importantes do realizador e do Cinema. Tem tudo o que caracteriza os filmes de Woody Allen como o contexto histórico (a Grande Depressão), o amor pelo Cinema, uma imaginação prodigiosa, e ser um grande filme com curta duração. De toda a carreira será talvez dos mais consensuais por agradar igualmente a todos os públicos.

Mia Farrow é Cecilia, um empregada de café durante a Grande Depressão com uma paixão pelo cinema e com um marido desempregado, abusivo, violento e deselegante. O filme actualmente em exibição, “A Rosa Púrpura do Cairo”, para a maioria da população é apenas um romance que atravessa meio mundo, para Cecilia é um escape da realidade de New Jersey. Vê uma vez, duas, três, estar sozinha ou acompanhada não interessa. Como não tem coragem suficiente nem para deixar o marido, tem de se sentir a viver uma aventura dentro do túmulo egípcio, ou a transbordar glamour no clube novaiorquino Copacabana que, apesar de tão próximo, para ela apenas existe em tela. Até que a crise lhe bate à porta e procura refúgio com o filme que ama. Seria mais uma sessão igual ás anteriores, mas uma das personagens olha para ela e começa a dialogar com Cecilia, acabando por sair da tela atrás dela. As restantes personagens ficam indignadas pela interrupção, produtor e actor voam para ver o que se passa e Cecilia… Cecilia vive o maior dos sonhos, numa época em que era proibido sonhar.

“The Purple Rose of Cairo” é o cinema dos anos 30 renascido, recorrendo à teoria de transposição do cinema para o real que já tinha sido usada por Buster Keaton em “Sherlock Jr.” de 1924 e será adoptada também no blockbuster “Last Action Hero”.
A personagem Cecilia se fosse um homem seria para Woody Allen por ser insegura, sonhadora e cheia de boas intenções. Como é uma mulher ficou para Mia Farrow que finalmente tem um grande papel às mãos do homem com quem então estava. Cecilia é toda uma geração assim como o produto do celuloide Tom Baxter é todos os galãs do cinema com quem as mulheres sonham. As aventuras do par são uma excelente metáfora do que é o mundo de Hollywood, que Cecilia enfrenta, e do que é a vida real, que Tom enfrenta. As diferenças entre ambos são abissais, mas o amor tudo pode.
Há ainda uma oportunidade para ver Dianne Wiest – que depressa se tornará uma das muitas musas de Allen – num papel fenomenal, e Jeff Bridges a transcender-se dando vida a duas personagens distintas.

Uma história apaixonante, muita intriga e uma importante lição sobre o que é falso em cinema. Brinca com tudo o que era permitido e dá uma sensação de plenitude. Uma digna homenagem à arte que amamos.

The Purple Rose of Cairo Título Original: “The Purple Rose of Cairo” (EUA, 1985)
Realização: Woody Allen
Argumento: Woody Allen
Intérpretes: Mia Farrow, Jeff Daniels, Dianne Wiest
Música: Dick Hyman
Fotografia: Gordon Willis
Género: Comédia, Fantasia, Romance
Duração: 82 min.
Nuno Reis Woody Allen Críticas 80's Cinema sobre cinema

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Comment

  1. Luiz Santiago (Plano Crítico) says:
    May 28, 2011 at 4:32 pm

    Outro que está na minha lista de "maiores filmes do cinema"… =)

    Reply

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