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20 anos na fila da frente

Um Rio que podia ir de La Féria(s)

RC, June 15, 2007
A polémica da privatização do Teatro Municipal Rivoli, na cidade do Porto, é sobejamente conhecida por todos. O edil decidiu entregar, através de um “concurso” público, a gestão da emblemática sala portuense ao produtor e encenador Filipe La Féria, o que levou a que um grupo de pessoas, ligadas ao mundo do teatro e do cinema, partissem para a ocupação desse espaço, barrando-se durante cerca de 3 dias no seu interior.
Sou completamente contra a privatização do Rivoli. Entre outros argumentos utilizados por aqueles que a defendem, está o facto de ser um encargo económico. Pois é, mas que tem de ser suportado pela autarquia. Por outro lado, este encargo aumentou significativamente (segundo números divulgados pelo diário Público à uns meses atrás) com a criação da Culturporto, entidade que geria o Rivoli (até a edilidade escorraçar os seus trabalhadores), e que foi exterminada para dar lugar a uma de gestão, até vir Filipe La Féria. Ora, em vez de alterar a estrutura desta entidade, entrega-se a privados e acaba o problema – se o braço tem uma ferida, não se trata, corta-se fora.
O encenador decidiu criar uma nova empresa para gerir o espaço – pois alegadas dívidas no valor de 25 mil euros impediriam que a Bastidores tomasse conta deste projecto (algo que veio a ser desmentido, pelo facto de, alegadamente, La Féria não ser sócio daquela empresa. Numa das primeira entrevistas que deu sobre o assunto, referiu o Águia D’Ouro como um exemplo de gestão privada no Porto cultural – o Águia D’Ouro tem menos vida do que o Cemitério do Prado do Repouso, até por estar encerrado à umas dezenas de anos. “Intrigante” – pensei eu, ao assitir à cavalgada do D. Sebastião cultural que, ao invés de se locomover num cavalo, com vestes de guerreiro, vinha de smoking e de carro de alta cilindrada – “aqui temos um homem que não entende patavina da cidade do Porto. Bela “escolha” para o Rivoli”.
Ontem, foi a inauguração do seu primeiro espectáculo, “Jesus Cristo Superstar”, e com pompa e circunstância. Uma grande tenda foi montada em plena Praça D. João I, a qual tinha a tradicional passadeira vermelha que conduzia os convidados para o interior do teatro. Vista de cima, era alongada e com uns 4 metros de altura, transparente, que desde o início da tarde fazia adivinhar, pela disposição das mesas, um repasto leve, com bebidas etílicas para permitir discursos mais fluentes e ousados. Ao longo da praça, curiosos, mas essencialmente manifestantes, juntaram-se, unindo a Rua de Sá da Bandeira aos devolutos prédios contíguos aos Bombeiros Voluntários do Porto, para assistir ao que se passava. Os manifestantes, acenavam “R”‘s de revolta, Rivoli ou “Rivolição”, demonstrando o seu desagrado. Os curiosos, viam um grupo largo de pessoas, profissionais de festas e de convívios, muitos deles com formação em comentar a vida dos outros, os que estão nas festas e nos convívios – uma espécie de redoma onde só os predestinados (ou endinheirados) entram.
Os convidados, que noutras circunstâncias (talvez a lembrar o Kodak Theatre) se deslocariam em passo leve e animado, deixando-se cegar pelas objectivas que desenfreadamente disparariam chapas a alta velocidade, tiveram de se mover em ritmo de corrida – os manifestantes assobiavam e apupavam o edil e o encenador, de forma frenética, como se de uma catarse se tratasse. O que seria glamour e socialite, transformou-se numa fuga – olhares preocupados e envergonhados povoavam esta mole humana que decidiu deslocar-se ao Porto para comer e beber. O presidente, qual coleccionador, mostra-se orgulhoso pela manif (o seu gabinete nos Paços do Concelho terá concerteza as paredes rasgadas pelos tradicionais 4 traços verticais com um que se sobrepõe horizontalmente, de modo a não perder a conta – não vá dar direito a um qualquer prémio. Com um olhar desconfiado, espreita os fotógrafos e as câmaras, que dão agora mais atenção aos protestos do que aos vestido. Franze o sobrolho, pensando certamente no que faria no dia seguinte para se vingar – “talvez, logo de manhã, mando pôr uma pool no site da Câmara para ver quem é que as pessoas gostaram menos – se dos manifestantes, se dos intelectuais que se opuseram ou se de ambos”. Sorri, animado pela convicção de que será mais uma maioria absoluta, agora para a resposta c). O encenador, por seu lado, não vai de modas. Com aquele timbre de voz, que faz adivinhar longas horas de gritaria para com os seus actores, reitera o aviso feito na véspera – ou as “gentes” do Porto acodem em bandos ao espectáculo, ou não fica com o Rivoli. Engraçado. E eu que pensava que era ao contrário.
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