Skip to content
Antestreia
Antestreia

20 anos na fila da frente

  • Home
  • Filmes
    • Filmes 2003
    • Filmes 2004
    • Filmes 2005
    • Filmes 2006
    • Filmes 2007
    • Filmes 2008
    • Filmes 2009
    • Filmes 2010
    • Filmes 2011
    • Filmes 2012
    • Filmes 2013
    • Filmes 2014
    • Filmes 2015
    • Filmes 2016
    • Filmes 2017
    • Filmes 2018
    • Filmes 2019
    • Filmes 2020
    • Filmes 2024
  • Festivais
    • OvarVideo 2010
    • Porto7
    • San Sebastian 2007
    • Sitges
      • Sitges 2006
      • Sitges 2007
      • Sitges 2008
      • Sitges 2009
      • Sitges 2010
      • Sitges 2011
      • Sitges 2012
      • Sitges 2013
      • Sitges 2015
    • Shots
      • SHOTS 2011
      • SHOTS 2012
    • Valadares
      • Valadares 2011
      • Valadares 2012
      • Valadares 2013
    • Avanca
      • Avanca 2009
      • Avanca 2010
      • Avanca 2011
      • Avanca 2012
      • Avanca 2013
      • Avanca 2014
      • Avanca 2015
      • Avanca 2018
      • Avanca 2019
  • Posters
  • Prémios e Tops
Antestreia

20 anos na fila da frente

Poster for the movie "Women Talking"

Women Talking

Quando usar a voz é uma arma.

Sarah Polley foi uma actriz algo discreta, mas icónica nos anos 90 e 00 que se foi afastando dos ecrãs por sentir algum descontentamento com a americanização dos conteúdos em que trabalhava (é canadiana). Com o tempo acabou por se afastar completamente alegando uma decisão ética para fazer apenas filmes socialmente importantes. Quase caiu no esquecimento. Durante uns anos isso foi uma dificuldade, mas dez anos depois de ter deixado a carreira de actriz e dezasseis anos depois de realizar a sua primeira longa, apresenta-nos agora um dos filmes mais socialmente importantes da décadas.

“Women Talking” é uma adaptação do livro homónimo de Miriam Toews, uma narrativa que nos embrenha na vida de um grupo de mulheres numa comunidade conservadora que acabou de expor um gigantesco trauma. De forma constante ao longo de anos, mulheres de todas as idades eram violadas durante a noite. Os culpados foram encontrados, mas serão libertados e autorizados a voltar para a colónia. Na ausência dos homens que os vão libertar, as mulheres que não aprenderam a escrever organizam um referendo com três opções. Não fazer nada. Ficar e lutar. Fugir. Este filme é sobre a sensação de, pela primeira vez, terem liberdade de usar a voz e terem uma palavra a dizer sobre a sua vida. E vamos ser expostos ao medo, à responsabilidade, à mudança que querem trazer às suas vidas. O impensável tem um prazo pois seja qual for a decisão, terão apenas 48h para se decidirem e se prepararem.

O trabalho da realizadora começou no argumento, onde passa uma obra literária sobre uma longa assembleia, para algo visual e capaz de nos prender por mais de hora e meia. Sarah Polley confiou no colaborador de longa data Luc Montpellier para a fotografia que nos leva para um mundo distante, próximo do preto e branco do passado, mas que sabemos ser contemporâneo. Essa parceria gere um equilíbrio entre a assombração do que se avizinha se não fizerem nada e o medo das consequências de fazerem algo. Como se pensar numa opção aliviasse a carga emocional da outra. Com um sábio jogo de personagens intergeracionais que tem o fatalismo das anciãs, o medo das mulheres, e o riso inocente das crianças, Polley combina medo, urgência e risos. Os rostos, tanto de actrizes consagradas como de desconhecidas, são a tela em que a história é construída.

Numa sociedade moderna e de mulheres emancipadas, é complicado ver a inércia desta sociedade. A justiça mais que merecida a ter de ser obtida pelas próprias mãos porque ninguém mais as ajudará. E se a obtiverem, serão condenadas por isso. E só não gritamos porque nessas reuniões tem um apontador muito peculiar. O professor foi convidado a estar presente para criar a acta desse evento. Está a registar um momento único da história da colónia. E quando se intromete, é mandado calar por não lhe dizer respeito. É uma testemunha, não um participante e terá de ficar calado. Mesmo que o que está a ouvir não faça sentido. Mesmo que signifique deixar partir a mulher que ama para um destino desconhecido e não a voltar a ver. Pedem-lhe apenas uma coisa: que se elas partirem, ele se responsabilize pela educação dos rapazes que ficam. Para que eles não se tornem em homens como os pais deles. Rooney Mara, Claire Foy, Jessie Buckley, Judith Ivey e muitas outras estão fenomenais, mas o rosto de Ben Whishaw é igualmente expressivo e o seu sofrimento é igualmente marcante. Faz-se história perante os seus olhos e somente pode ouvir.

É mais do que um grande filme. É um filme que obriga a pensar e, espero, a mudar alguns hábitos.

Women Talking

Não fazer nada. Ficar e lutar. Partir.

20221 h 44 min
Click an icon to see more
Overview

Um grupo de mulheres numa colónia religiosa isolada luta para conciliar a sua fé com uma série de agressões sexuais cometidas pelos homens da colónia.

Metadata
—
Director Sarah Polley
Writer —
Runtime 1 h 44 min
Release Date 23 December 2022
IMDb Id tt13669038
Details
Movie Media —
Movie Status —
Movie Rating Excellent
Images
No images were imported for this movie.
Actors
Starring: Rooney Mara, Claire Foy, Jessie Buckley, Judith Ivey, Ben Whishaw, Sheila McCarthy, Kate Hallett, Michelle McLeod, Liv McNeil, August Winter, Frances McDormand, Emily Mitchell, Kira Guloien, Shayla Brown, Eli Ham, Lochlan Ray Miller, Vivien Endicott Douglas, Nathaniel McParland, Marcus Craig, Will Bowes, Emily Drake, Caroline Gillis, Shannon Widdis
Filmes 2022 Filmes Nuno Reis

Post navigation

Previous post
Next post

Arquivos

Categorias

Filmes


























  • Política de privacidade
  • Política de Cookies
©2025 Antestreia | WordPress Theme by SuperbThemes